O Palácio Austregésilo de Athayde, edifício empresarial da Academia Brasileira de Letras (ABL), localizado no Centro do Rio de Janeiro, recebeu o certificado LEED Gold do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) por conta do seu projeto de eficiência energética, que resultou na redução de 15% do consumo de energia elétrica. As intervenções passaram por uma revitalização do sistema de ar-condicionado e dos elevadores, além da troca das lâmpadas por modelos LED e ingresso do Palácio no mercado livre de energia. O GBC Brasil é uma das principais certificações internacionais de sustentabilidade.
A administradora da ABL, Ana Paula de Castro, afirmou que a conquista da certificação demonstra que a instituição está na direção certa quanto às demandas socioambientais.
“Ter responsabilidade socioambiental é hoje uma obrigação, mas também uma medida inteligente e estratégica. A conquista da certificação LEED valoriza ainda mais o ativo, agrega valor à sua imagem e aos seus públicos, torna-o mais competitivo e gera novas oportunidades, tendo em vista grandes players que priorizam espaços sustentáveis e certificados”, disse Ana Paula.
A edificação conta com elevadores que aproveitam a energia em forma de calor, resultante do seu funcionamento, usando-a para alimentar a rede elétrica interna – sistema regenerativo que, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Elevadores (ABEEL), possibilita a redução em 75% do consumo de energia elétrica, se comparados aos sistemas não regenerativos.
Outra medida importante foi o ingresso no mercado livre de energia, em abril de 2018. A iniciativa permitiu a redução no custo da energia em 20% ao ano, pelos 5 anos seguintes. Até o fim de 2023, economia média anual é estimada em R$ 1 milhão, ou de R$ 5 milhões desde o início das operações até agora.
Para Luciana Penna, sócia da Engepred, as mudanças adotadas impactaram de forma positiva a qualidade de vida dos usuários do edifício, além de tornarem-no mais competitivo no mercado imobiliário.
“O grande diferencial é a visão de médio e longo prazos com foco na perenidade do ativo, o que viabiliza investimentos de impacto em todas as vertentes da sustentabilidade. Isto é, tem-se o retorno econômico-financeiro comprovado, incluindo a constituição de um empreendimento mais competitivo no mercado imobiliário de locação, mas também os aspectos socioambientais, com benefícios em saúde, bem-estar e segurança para as pessoas e uma menor pegada de carbono no meio ambiente”, afirmou Luciana.
A certificação LEED Gold do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) é de origem norte-americana, sendo adotada em 160 países para o reconhecimento do desempenho sustentável de edifícios de alto padrão.
Localizado ao lado da sede histórica da ABL, o Palácio Austregésilo de Athayde foi construído há 44 anos para gerar renda permanente para a ABL. O ativo é gerido pela Engepred, empresa que empreendeu as mudanças que o levaram à certificação tecnicamente definida como LEED O+M EB versão gold (Leadership in Energy and Environmental Design, em tradução livre Liderança em Energia e Design Ambiental).
O nome do prédio é uma homenagem ao jornalista pernambucano Austregésilo de Athayde, que ingressou na Academia Brasileira de Letras, em 1951, tendo presidindo-a de 1958 até em 1993, ano do seu falecimento, no Rio de Janeiro. Austregésilo integrou a comissão que redigiu a Declaração Universal dos Direitos do Homem e representou o Brasil na 3ª Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), em Paris, em 1948.
Informações: Diário do Porto