Saiu o resultado dos aprovados pela Secretaria Estadual de Cultura para a Lei Aldir Blanc (de caráter emergencial) e históricos blocos de carnaval não foram contemplados pelo projeto – mesmo precisando do apoio e seguindo todos os requisitos – e talvez não façam nem live em 2021.
Bola Preta, Simpatia é quase amor, Suvaco do Cristo, Barbas, Céu na Terra e Orquestra Voadora, entre outros, estão na lista de projetos que não foram aprovados para receber apoio da Secretaria Estadual de Cultura.
Entre os requisitos para aprovação estão: histórico do trabalho, relevância cultural e capacidade de realização. Esse fato revoltou muitas pessoas do meio do carnaval, pois todos os pontos citados estão em concordância com as atividades dos blocos não aceitos pelo edital.
“Hoje, quando saiu o resultado dos projetos aprovados na Secretaria Estadual de Cultura para a Lei Aldir Blanc, foi comprovado que muita gente ficou de fora de um edital que deveria ser apenas para o seu propósito inicial: caráter emergencial. Um edital chamado de “emergencial” deveria ter como função principal ajudar aqueles que existem, em termos de pessoas e projetos. E acabou acontecendo em todas as chamadas, seja a da retomada cultural, seja a de festivais – as Escolas de Samba foram Contempladas como festivais e não o são. Chama especialmente atenção o fato do carnaval de rua ter ficado de fora. Projetos inscritos como o do Bola Preta. Alguns dos quesitos eram justamente histórico do trabalho, relevância cultural e capacidade de realização. Alguém tem alguma dúvida sobre a relevância e o histórico do Bola Preta!? Desqualificar projetos que fariam uma representação simbólica do carnaval num ano em que o próprio não poderá ser realizado, em função da pandemia, é não ter nenhuma dimensão crítica do que é a cultura”, disse Valéria Wright, publicitaria, Jornalista e Presidente da Liga SamBare – Bandas e Blocos Carnavalescos da Barra, Recreio é Adjacências.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro se pronunciou através do governador em exercício, Cláudio Castro.
“Em todos os momentos, buscamos o diálogo com todo setor cultural e trabalhamos muito para que os recursos da Lei Aldir Blanc atendessem quem produz cultura no estado. Tivemos mais de 80% dos inscritos habilitados após a análise do recurso. Sabemos que teremos projetos que não serão contemplados, uma vez que os recursos são finitos, mas fizemos todo esforço para aprovar projetos variados em todo estado”, afirmou Castro.
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