As famosas histórias da Turma da Mônica, de Maurício de Souza, sempre trazem enredos envolvendo o Cebolinha, aquele que troca letras quando fala e cria “planos infalíveis” que, por absurdos e mal planejados, sempre fracassam.
Parece que o Prefeito Eduardo Paes (PMDB) anda conversando com o amigo do Cascão: A Prefeitura enviou para votação na Câmara de Vereadores, com pedido oficial de urgência, um absurdo plano de cargos e salários para os servidores da educação que beneficia em alguns pontos menos de 10% da categoria e prejudica a todos. O projeto de lei que trata de jornada de trabalho, remuneração e progressão interna muito mais atrapalha do que ajuda.
Como não poderia deixar de ser, os milhares de atingidos, as entidades representativas e os vereadores da oposição apontaram os erros e pediram correções. Em resposta, o Prefeito, de forma autoritária, esvaziou uma sessão plenária da Câmara para reunir sua base de apoio no Palácio da Cidade e disse que não retirará o pedido de urgência, que só aceitará algumas emendas ao texto feitas por vereadores leais a ele e que tentará aprovar o projeto na marra.
Deu no que deu: Os professores ocuparam o Plenário da Câmara e provaram que na democracia não se avança com arrogância e intransigência. Eles foram retirados ontem pela Polícia Militar em um espetáculo violento e triste, a mando de Sérgio Cabral, também do PMDB e padrinho político de Eduardo.
Enquanto o Prefeito mantém sua crença em seu “plano infalível” para roubar o coelhinho Sansão, até as crianças que leem os gibis da Turma da Mônica já sabem o que vai acontecer, independente da votação na Câmara.