Quem acompanha o Diário do Rio sabe da minha opinião sobre o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), nunca fiz nenhuma questão de esconder. Mas como dei o braço a torcer sobre o legado dos Jogos Olímpicos, tenho de elogiar a execução de toda Rio 2016. Sim, ela ainda não acabou, em setembro temos a Paralimpíadas, mas é um evento muito menor.
A cidade se preparou para o maior evento de sua história ainda antes de 2007, quando Cesar Maia fez um Pan Americano maior para que o Rio pudesse ter uma candidatura olímpica competitiva. E quando Rio se tornou a Cidade Olímpica, vencendo Chicago, todas as ações da Prefeitura foram para realizar o evento.
Não há dúvidas que o atual prefeito tem uma tonelada de defeitos, alguns imperdoáveis, mas na Cerimônia de Encerramento, quando Eduardo Paes foi vaiado, me senti incomodado. A vaia ali não foi merecida, diferente as vaias a Temer ou Dilma. esta foi mal colocada. Parecia uma vaia a realização do evento.
É claro que não foi, mas o importante é o que apareceu. Naquele momento ele merecia ser aplaudido, e muito aplaudido. O carioca estava letárgico e deprimido, com vergonha de sua cidade. Eram notícias e mais notícias negativas, notícias que os Jogos iam mudar de cidade, que os atletas morreriam todos de Zika ou de bala perdida. Que os velejadores teriam doenças desconhecidas graças à água da Baía. Mas nada disso aconteceu.
O carioca nestas duas semanas recuperou sua auto estima, voltou a ser otimista e a ter esperança no progresso de sua cidade. E, por isso, naquele momento ele deveria ter sido aplaudido de pé.
E deixemos as vaias para as urnas!