Eleições 2010 – Sergio Cabral estaria fora do 2o turno?

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sergiocabral thumb1 Eleições 2010 – Sergio Cabral estaria fora do 2o turno? Hoje o ex-prefeito Cesar Maia através de seu ex-blog trouxe algumas opiniões sobre as eleições de 2010 e o fato de que talvez o atual governador Sergio Cabral poderia estar fora até do 2o turno. O jornalista Dacio Malta em seu blog comenta também sobre as dificuldades que Cabral terá concorrendo contra Garotinho, Lindbergh e claro a chapa PSDB-DEM-PPS-PV que virá junta mas não se sabe quem será o candidato a Governador (Cesar Maia, Denise Frossard, Gabeira ou algum outro).

 

Apesar de Cabral ter a simpatia da imprensa, é muito raro ver críticas a ele mesmo com denúncias claras como a viagem para Paris com estadia de quase uma semana e em hotel caríssimo, a popularidade dele continua em níveis baixos. E a tendência e com que a proximidade das eleições os ataques a Cabral aumentem.

 

Vale lembrar que em 98 o então governador Marcelo Alencar não foi candidato a reeleição devido a sua baixa popularidade. Como disseram no vídeo contra o Muro, talvez ele tenha de ser vice da Dilma para fugir da vergonha.

Texto do Ex-blog do Cesar Maia:

Cabral Fora do 2o Turno

1. Os partidos -nacional e regionalmente- e pré-candidatos começam a fazer pesquisas para governador (ERJ) em 2010. Hoje se tem um quadro de partida muito interessante pela incerteza generalizada. Nenhum dos nomes pode garantir que é favorito para ir ao segundo turno. Atenção: não é para ganhar, mas simplesmente passar para o segundo turno.           

2. O PSDB, o DEM e o PPS estarão juntos em nível nacional e, no ERJ também o PV, todos em apoio ao Serra, candidato a presidente (supondo ser ele). A experiência de várias eleições mostra que uma forte candidatura a presidente alavanca a candidatura a governador. Em 1990 a eleição de governador foi solta. Em 1994 venceu FHC e no ERJ Marcello Alencar de seu partido. Em 1998 venceu FHC, mas sua base (PFL e PSDB) foi separada e com isso no primeiro turno a vinculação com o PSDB, em um candidato a governador que estava fora da disputa, prejudicou a ambos. Em 2002, Lula e Rosinha. Em 2006, Lula e Cabral.                    

 

3. Essa vinculação alavancadora impõe que a coligação no ERJ em torno de Serra não se divida e tenha um só candidato a governador. O presidente nacional do DEM já informou ao governador José Serra que o DEM deixa à vontade a coligação para escolher o candidato a governador e que só oferecerá um nome em última instância, quando e se solicitado pelos demais. Com isso as pesquisas devem trazer um nome só desta coligação (Gabeira, Denise e Maia) e oferecer listas alternativas.                    

 

4. A novidade é a queda do governador Cabral entre os eleitores de menor renda. Provavelmente pelo efeito combinado muro/truculência urbana/mortes em comunidades, com ênfase na capital. Garotinho ressurgiu e já é mais forte que Cabral no Interior e seu nome passou a existir na capital, nas áreas mais carentes. Alternando Cesar Maia e Gabeira vemos que a soma dos dois nas pesquisas anteriores se transforma em intenção de voto com um nome só nas atuais. Gabeira vai melhor que Maia na Capital, mas este vai melhor que aquele fora da Capital. No final a soma é a mesma.                   

 

5. A dúvida fica quanto à candidatura de Lindbergh, do PT. Hoje ele tem uns 7%, mas se chegar a 10% antes de junho do ano que vem, será provavelmente candidato a governador. Com esses 4 nomes, Cabral terá muita dificuldade de ir para o segundo turno. A publicidade na TV mostra sua ansiedade.                    

 

6. Os resultados surpreendem. Para uma expectativa de 20% de abstenção, brancos e nulos, dos 80% restantes, quando se apresentam 3 nomes: Cabral, Garotinho e Gabeira (ou Maia), o jogo está empatado em torno de 26%. Com Lindbergh a troca é inteira com Cabral e ficam Garotinho e Gabeira (Maia) com 26%, Cabral com 19% e Lindbergh com 7%. A coligação PSDB/DEM/PPS e PV avalia que com a puxada de Serra, seu candidato garante o patamar nestes 26% e pode crescer uns 5 a 7 pontos contra Cabral e Garotinho. Ou seja, 31% e Cabral e Garotinho entre 23% e 24%.

 

7. Esses são números ainda pré-grid de largada, mas que mostram que a eleição no ERJ será sem favorito e que a performance em campanha e a vinculação nacional serão decisivas”.

 

Texto do blog de Dacio Malta:

As Dificuldades de Sergio Cabral

 

Caso se confirme a ida de Anthony Garotinho para o PR – e sua candidatura ao governo do Rio – este será um importante revés para Sergio Cabral, candidato que é à reeleição.

Cabral esteve com Garotinho há um mês, tentando convencê-lo a candidatar-se à Câmara dos Deputados, mas ele recusou. E por razões diversas.
1. Garotinho ainda é o presidente do PMDB no Rio e, por isso mesmo, nunca deixou de fazer política, principalmente no interior do Estado, onde continua tendo mais prestígio que Cabral. O governador nunca demonstrou apetite em comandar o partido, ou mesmo conversar com prefeitos do interior. Durante os dois governos Garotinho, ele foi acusado de fazer muito pelo interior, e pouco na Capital. Cabral, nesses dois anos e quatro meses, fez pouco na Capital e praticamente nada no interior. O orçamento do Rio está  comprometido com o custeio, com os fornecedores, além dos serviços terceirizados, restando quase nada para novos investimentos.  E a situação só tende a se complicar, com a queda do preço do petróleo e a diminuição dos royaltes.

 

2. Como Garotinho tem o comando do PDMB, ele mantém ainda grande liderança no partido. E é claro que boa parte de seus filiados, mesmo não abandonando a legenda, trabalhará em 2010 para a sua candidatura e não para a de Cabral.

 

3. Garotinho se candidatará por um partido que faz parte da base de sustentação do Governo, e terá ainda o apoio, indireto, do tucano José Serra, que não terá nele seu candidato preferencial  (esse será Cesar Maia, Fernando Gabeira ou Denise Frossard), mas não o atacará, pois Garotinho é peça importante na tentativa de derrotar Sergio Cabral, aliado de Dilma Rousseff.

 

4.  O presidente da Assembléia, deputado Jorge Picciani, concorrerá ao Senado pelo PMDB. Cabral é dependente político de Picciani e qualquer aliança que faça, terá o deputado ao seu lado. Mas não será surpresa se, no meio da campanha, Picciani abandonar Cabral e ficar ao lado de Garotinho. Eles são amigos, e o presidente da Assembléia considera Garotinho mais confiável, pois sabe que Cabral fala muito mal dele, não só nos bastidores, mas principalmente para aqueles que gostam de ouvir críticas ao presidente da Assembléia.

 

5. Um golpe ainda mais grave na candidatura Cabral, ainda está por vir. Para isso, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, precisa convencer o PT a lançá-lo candidato. Ele tem um perfil parecido com Cabral, e muito mais carismático. O presidente do IBOPE, Carlos Augusto Montenegro, costuma dizer que erram os políticos que se sustentam, apenas, na mídia e nos chamados líderes de opinião  – estratégia que Cabral usou até agora, com o domínio pleno e completo do noticiário dos jornais do Rio. O danado, como lembra Montenegro, é que “existe muito mais povo do que líder de opinião

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