Em 68 anos de existência, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro terá uma mulher como titular. A defensora Patrícia Cardoso, poderá assumir o posto no lugar do Defensor Geral do Estado, Rodrigo Pacheco. Patricia é uma das três candidatas que compunham a lista tríplice que foi votada, no dia 4, por seus colegas da ativa e aposentadas.
Patricia Cardoso, que recebeu 46,59%, dos 1.115 votos, concorreu com dois grandes nomes da Defensoria Pública do Estado: Suyan Liberatori, que obteve 30,6% da votação; e Sheila Soares, que recebeu 22,79% dos votos. Segundo o colunista Cláudio Magnavita, do Correio da Manhã, a vencedora do pleito contaria com a simpatia e apoio de Rodrigo Pacheco, a quem pode suceder.
O governador Claudio Castro (PL) terá 15 dias, a partir do recebimento da lista tríplice, para publicar a nomeação da vencedora no Diário Oficial do Estado. O que ocorrerá somente após o término das suas férias com a família. O governador pode adotar o critério de escolher a candidata mais votada, o que não é obrigatório.
De acordo com Magnavita, as três candidatas são extremamente preparadas para o posto. Os currículos das concorrentes revelam que a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro conta com quadros de altíssimo nível para a sua direção.
Defensora pública desde 1994, Patrícia Cardoso Maciel Tavares é graduada em Direito pela Universidade Gama Filho, tendo sido professora e coordenadora do curso de Direito da Universidade Estácio de Sá, entre 1998 e 2010. Desde 2011, a defensora encabeça o Núcleo de Defesa do Consumidor (NUDECON), tendo sido, em 2013, subcoordenadora de superendividamento e coordenadora da mesma divisão, de 2015 a 2020. Em 2020 passou a exercer a função de coordenadora cível da Defensoria.
Defensora pública há 25 anos, Suyan Liberatori é mestra em processo penal e criminologia pela Universidade Cândido Mendes. No momento, Liberatori é defensora pública titular da 6ª/28ª Varas Cíveis da Comarca da Capital, onde atua há mais de 10 anos. Ao longo da carreira atuou em cidades do interior, da Baixada Fluminense e na capital fluminense. Ela também trabalhou na Auditoria Militar.
Sheila Soares conta com 29 anos de serviços prestados à população fluminense, através Defensoria do Rio, onde ocupou diversos cargos de destaque e liderança. Atualmente, a defensora integra o Conselho Superior da Defensoria, além de atuar em duas varas cíveis e na Vara de Fazenda Pública. Sheila Soares foi ainda ouvidora da Caixa de Assistência aos membros da Defensoria (CAMARJ). Se escolhida por Cláudio Castro, a defensora será a primeira mulher negra a ocupar o cargo de defensora pública-geral do Rio de Janeiro.
As informações são de Cláudio Magnavita, do Correio da Manhã.
parabéns a Patricia Cardoso. Ao mesmo tempo, a matéria revela uma vergonha: a demora de 68 anos pra se ter uma mulher COMPETENTE no cargo. Porque “competente” há muitas nesse Estado, certo.