Em dia de guerra no Rio, trabalhadores voltam para casa em caminhão-cegonha

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Trabalhadores pegam carona em caminhão cegonha por conta dos ataques de bandidos na Zona Oeste / Crédito: Rio de Nojeira

A morte de Matheus da Silva Rezende, de 24 anos, também conhecido como “Faustão” e “Teteus”, durante um confronto com policiais na comunidade Três Pontes, em Paciência, nesta segunda-feira (23), segue produzindo desdobramentos e cenas lamentáveis. À tarde, trabalhadores embarcaram em uma viagem perigosa de volta para casa, após 35 ônibus terem sido incendiados na região. A página Rio de Nojeira publicou um vídeo no qual é possível ver mais de 30 pessoas sendo transportadas por um caminhão cegonha. Os passageiros estavam distribuídos pela carroceria do veículo, muitos sentados, e outros em pé, segurando na estrutura da transporte. “É o carro do boi“, comentou quem gravou o vídeo.

Crédito: Rio de Nojeira

Os ataques contra o sistema público de transporte, também prejudicaram a circulação da frota de BRTs e parte do ramal Santa Cruz da SuperVia. Na altura da estação Tancredo Neves, uma composição foi atacada pelos marginais, levando a concessionária a paralisar a circulação dos trens entre as estações Benjamim do Monte e Santa Cruz. Os trens voltaram a circular normalmente entre as estações Central e Campo Grande.

A Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus da cidade do Rio de Janeiro, informou que o número de veículos incendiados, nesta segunda-feira, foi o maior da história da cidade. Dos 35 ônibus destruídos pelas ações dos criminosos, 20 eram de operação municipal, cinco BRTs e outros 10 de turismo e fretamento.

Por meio de nota a entidade criticou a “inação do Estado diante desses episódios de violência extrema, em que o direito de ir e vir do cidadão é esquecido”. Também na nota, a Rio Ônibus afirmou repudiar a violência contra o sistema de transporte e à população, além de pedir às autoridades públicas que tomem uma “providência com urgência” e deem “um basta” no descalabro e na falta de comando da Segurança Pública do Rio de Janeiro.

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A Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro (Semove), que representa as empresas de ônibus do Estado Rio, também repudiou a ação por meio de nota, na qual afirmou: “Já são 52 ônibus destruídos este ano, sendo 35 na cidade do Rio de Janeiro”, reportou o site Metrópoles. Segundo os cálculos da entidade, os prejuízos gerados pelos ataques aos coletivos podem chegar a R$ 35 milhões. “A inexistência de seguro para esse tipo de crime dificulta a reposição dos veículos destruídos, prejudicando quem depende do transporte coletivo”, lamentou a entidade em seu comunicado.

Também por meio de nota, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), classificou de ”ataques terroristas” os atos de violência na cidade. Segundo Castro, o Governo do Estado tem como objetivo, agora, a prisão dos milicianos Zinho (tio do miliciano morto do confronto com a polícia), Tandera e Abelha.

Segundo o site UOL, até o momento, 12 pessoas foram presas por envolvimento nos incêndios, conforme relatado por agentes da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ).

Às 16h50, a Prefeitura do Rio determinou a entrada em estágio de mobilização – o 2º nível em uma escala de 5 – diante de situações que impactam a mobilidade urbana do município.

Informações: O DIA, UOL e Metrópoles.

Imagens: Rio de Nojeira

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