Em pleito realizado nesta quinta-feira (03/10) na Barra Olímpica, Zona Oeste do Rio de Janeiro, Marco La Porta foi eleito o novo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Ele comandará a entidade entre 2025 e 2029 – o que inclui a preparação para os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles, nos Estados Unidos – e terá a ex-atleta de pentatlo moderno Yane Marques como vice.
Por 30 votos a 25, a chapa encabeçada por La Porta, de 57 anos, venceu a de Paulo Wanderley, atual presidente do COB e que tentava a reeleição.
Vale ressaltar que participaram da votação 34 presidentes das confederações filiadas ao COB; 2 representantes brasileiros do Comitê Olímpico Internacional (COI); e 19 integrantes da Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Brasileiro (Cacob).
Além da presidência, o pleito definiu também o novo Conselho de Administração do COB. Confira abaixo os oito membros eleitos:
- Daniela Rodriguez de Castro (independente);
- Felipe Tadeu Moreira Lima Rêgo Barros (handebol);
- Flávio Cabral Neves (wrestling);
- Flávio Padaratz (surfe);
- Jodson Gomes Edington Júnior (tiro esportivo);
- Karl Anders Ivar Pettersson (desportos na neve);
- Radamés Lattari Filho (voleibol);
- Rafael Girotto (canoagem).
Polêmica
A candidatura de Paulo Wanderley – que teria Alberto Maciel Júnior como vice se tivesse vencido – foi marcada por uma polêmica. Eleito vice-presidente da entidade em 2016, ele foi alçado ao cargo principal em 2017, após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman, que acabou preso por suspeita de compra de votos para o Rio sediar as Olimpíadas há oito anos.
Seguindo no cargo, Wanderley disputou a eleição de 2020 e foi o vencedor, estando apto a comandar o COB de 2021 a 2024. Sendo assim, por já estar presidindo a entidade durante o tempo de dois mandatos, sua candidatura atual (para o próximo quadriênio) foi criticada por diversas personalidades esportivas, como a ex-jogadora de basquete Hortência, e por entidades como a ”Pacto pelo Esporte” e a ”Atletas pelo Brasil”, uma vez que, na opinião deles, representaria uma tentativa de terceiro mandato, o que é proibido pela Lei Pelé e pelo próprio estatuto do Comitê Olímpico Brasileiro.
No entanto, mesmo diante dessa questão, a chapa de Marco La Porta e Yane Marques optou por não acionar a Justiça para tentar impedir a disputa.