Em almoço organizado em torno de André Ceciliano (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), o presidente da Associação Comercial (ACRJ), José Antônio do Nascimento Brito, o Josa, manifestou nesta terça-feira apoio e pediu voto para o petista na disputa ao Senado. A cerca de 50 empresários, que apresentaram demandas e ouviram as propostas dos candidatos, o presidente da entidade disse ao fim do encontro que a eleição de André ajudará a fomentar a economia do Rio, que vem sofrendo o impacto de sucessivas crises no país e no mundo.
Em seu discurso, Brito destacou a necessidade de retomar a indústria naval, uma das principais plataformas de André, assim como mais investimentos no setor de serviços. “O Rio precisa urgentemente de um senador que recupere seu potencial econômico“, disse, durante o almoço, o presidente da associação, que, ao final do encontro, pediu aos empresários: “votem no André“.
Diante de questionamentos do empresariado sobre mais investimentos em infra-estrutura, André destacou o empenho que terá em Brasília para tirar do papel o processo da Rota 4B, gasoduto com mais de 250 quilômetros de extensão ligando a bacia de Santos a Itaguaí para escoar 15 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
“Estamos injetando 60% do gás no pré-sal. Temos um pleito que é a Rota 4B. Mais do que questões técnicas, precisamos ter apoio político para viabilizar um projeto que, por sua vez, já tem recursos e forte interesse da iniciativa privada“, disse André, diante de cerca de empresários de diferentes setores do estado.
Entre os convidados que ouviram as propostas de André e Alckmin estavam Wilson Ferreira Junior, presidente da Eletrobras; José Firmino, CEO do Pão de Açúcar; Alexandre Monteiro, presidente da Rio Galeão; Vander Giordano, vice-presidente institucional da Multiplan; Carlos Erane Aguiar, vice-presidente da Firjan; Sérgio Duarte, presidente Rio Indústria; Alexandre Bianchello; diretor-presidente da Águas do Rio; Luciano Bandeira, presidente da OAB RJ, Ronaldo Cezar Coelho, um dos maiores acionistas da Light; e Ricardo Amaral.
Aos empresários, Alckmin disse que Lula, se eleito, não vai revogar a reforma trabalhista. E defendeu atenção aos trabalhadores que prestam serviço em empresas que atuam em plataformas digitais.
“Garanto que o Lula não vai revogar a reforma trabalhista. Na questão trabalhista e até tributária, precisamos ficar atentos aos empregados de plataformas digitais. Esses funcionários não têm direito a 13º salário nem FGTS, tampouco a uma previdência social. Se o motoqueiro cai da moto, não tem nada que dê garantias a ele. Temos que pensar em como proteger esse trabalhador” disse Alckmin.
Em entrevista coletiva, ao lado de André, Alckmin brincou com a sigla pela qual a associação é conhecida: “Esse ACRJ é, na verdade, de André Ceciliano Rio de Janeiro”.
Triste retrato da decadência do empresariado brasileiro. Ao invés de brigarem em Brasília por uma economia mais livre e eficiente e por um melhor ambiente regulatório na indústria de óleo e gás, capaz de destravar investimentos privados na infraestrutura e em gasodutos, precisam implorar a um senador petista só para liberar recursos públicos lá de Brasília para investir em gasodutos e comprar navios de estaleiros falidos. Querem um estado babá que faça por eles o que sempre foram incompetentes de fazer.
Triste retrato da decadência do empresariado brasileiro. Ao invés de brigarem por melhor marco regulatório no setor de óleo e gás, destravar investimentos privados e atrair empresas estrangeiras, imploram e ficam de joelhos a um senador petista para liberar “recursos públicos” lá de Brasília para construir gasodutos e comprar navios de estaleiros falidos. Querem um estado babá que faça por eles o que eles são incompetentes de fazer, que é investir no estado.