Após o aparecimento de três espécies de aves, registrado em outubro, a equipe do biólogo Mario Moscatelli flagrou mais um morador na Lagoa da Tijuca, na Barra da Tijuca: uma lontra adulta. O avistamento foi realizado pela gestora ambiental Antônia de Mari, que viu quando o animal saiu correndo da água em direção à mata.
De acordo com Mario Moscatelli, a lontra, que recebeu o nome de Esperança, parece saudável e acompanhada, pois foram vistas pegadas de outras lontras na lama, nas proximidades da lagoa.
“Onde há uma, há duas e onde há duas, há filhotes! Apesar de sempre trabalhar na recuperação de áreas degradadas, ainda fico surpreso com a resistência da vida”, explicou Mocatelli ao jornal O Globo.
Segundo o biólogo, a presença das lontras é mais um indício da recuperação do complexo lagunar de Jacarepaguá. Há três semanas, no local, foram encontrados dois ninhos de biguatingas. Os pesquisadores não viam ninhos dessas aves no território fluminense há anos, nem das marrecas-caboclas. Entre setembro e outubro, a Lagoa de Marapendi acolheu outra ave: o tapicuru.
Para preservá-las de atos de maldade ou caça ilegal, Mario Moscatelli não contou a localização exata dos mamíferos. Ele disse que se surpreende com resiliência da fauna nativa do sistema lagunar.
Para o biólogo, o desassoreamento das lagoas e o aumento da biodiversidade farão do Rio de Janeiro um grande centro ecoturístico.
“O sistema lagunar recuperado será o maior centro ecoturístico da cidade do Rio de Janeiro, devido a sua variadíssima fauna”, finalizou Moscatelli.