Em recuperação judicial, Americanas fecha várias lojas ao mesmo tempo

Crise da varejista está longe do fim. A apresentação de balanço da empresa, que seria realizada nesta segunda, passou para o dia 26. Enquanto isso, várias lojas encerram atividades com saldões que geram filas quilométricas de consumidores

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Fila na porta da Americanas da Rua da Assembleia

A crise que atinge a Americanas não dá trégua. Em comunicado ao mercado a varejista informou que os resultados trimestrais que seriam divulgados nesta segunda-feira (19), agora estão previstos para acontecer no dia 26 de fevereiro, antes da abertura do mercado. Enquanto isso, quem anda pelas ruas vê as lojas Local, antigas Americanas Express, com cartazes de “Saldão” e imensas filas em suas portas. Dias depois do saldão, elas têm fechado as portas definitivamente.

O comunicado foi emitido mesmo com a elaboração e a auditoria dos balanços do primeiro, do segundo e do terceiro trimestres já estarem finalizados. O recuo teria acontecido, segundo a companhia, pela falta da aprovação interna exigida pela governança da varejista.

Enquanto isso, o que se vê pela cidade são quase todas as lojas menores fechando e realizando saldões, com posteriores encerramentos de atividades. Caso da unidade da Americanas Express, da Rua da Assembleia, no Centro do Rio, que está com produtos em liquidação e fila quilométrica na porta, com clientes comprando produtos por preços bem mais em conta. O clima é dos últimos dias de Pompéia.

A unidade da Rua Primeiro de Março, também no Centro, já encerrou as atividades logo após o Saldão. Segundo informações de funcionários que não quiseram se identificar, o mesmo destino vai abater a loja da Rua do Passeio, na mesma região. Há duas semanas, a loja da varejista na Cidade Nova, também encerrou as atividades, assim como a da Rua do Riachuelo, ambas na região Central do Rio de Janeiro.

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Nesta quarta-feira (21), a Americanas, que está em recuperação judicial, sofreu uma nova baixa. Pierre Moreau, advogado que integrava o Conselho de Administração da companhia, apresentou a sua renúncia. De acordo com o fato relevante, Moreau teria saído por motivos pessoais. Por meio de nota, a Americanas agradeceu ao ex-integrante pelo trabalho executado e afirmou que “manterá seus acionistas e o mercado em geral informados sobre o desenvolvimento dos assuntos”, conforme repercutiu o Poder 360.

As ações da varejista fecharam o pregão da última terça-feira (20), com recuo 1,67% e com os preços da ação a R$ 0,59. O resultado indica que a crise da Americanas está longe do fim.

Em seu comunicado ao mercado a Americanas informou que, no dia 26, deverá fazer uma teleconferência para seus investidores e o mercado em geral para o detalhamento do seu balanço.

O DIÁRIO DO RIO entrou em contato com a assessoria de comunicação da Americanas, que enviou a seguinte nota: “A Americanas informa que o processo de abertura e fechamento de lojas faz parte do curso normal do varejo somado ao plano de transformação da companhia, que prevê ajustes imediatos e de curto e médio prazos com foco na rentabilidade e otimização do negócio. A Americanas reforça que os fechamentos não impactam os consumidores, que ainda podem adquirir produtos e serviços nas mais de 1.600 lojas espalhadas pelo País, além do site e app da marca”.

Com informações da CNN e Poder 360

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8 COMENTÁRIOS

  1. Infelizmente a LA acabou!!!!
    Uma empresa icônica que é a cara do RJ ou do BR pq ela é nacional.
    Aqui na minha cidade tem umas 7 ou 8 LA já fecharam algumas.dias desses fui em uma que tem mas de 50 anos no mesmo local
    Entrei dei uma olhada loja complementarmente vazia sem clientes e poucos produtos, e tudo absurdamente caro,eu pensei como uma empresa dessa quebra,seus executivos tem que fazer muita mas muita lambança para chegar a esse ponto e fizeram!!!!!!!
    Aí eu lembro que mesbla, ultralar.ducal,brastel e tantas outras quebraram pq a LA não poderia quebrar como consumidor é triste vê onde a LA chegou eu acho irreversível a situação, eles não tem. Crédito no mercado para abastecer as lojas e ter preços competitivos
    Infelizmente só falta os donos decretarem o fechamento pq na prática a LA acabou.

  2. Com essas lojas encerrando as atividades muitas dão lugar a uma farmácia quando não tem o perigo de ser um templo religioso… neste último o que é pior que permanecer desocupada.

  3. Além do óbvio incremento no desemprego, isso só vai piorando a situação do Centro do Rio e outros bairros. Inclusive dá pena andar por uma região que no passado tinha empreendimentos de todos os gêneros e vivia lotada de pessoas. Mesmo que empresas peguem esses espaço, por vezes são empreendimentos de baixo nível, em nada tenda a ver com o Centro de uma das cidades mais conhecidas do mundo.

  4. R.I.P Americanas!!!

    O que adianta ter como donos os homens mais ricos do pais? Pena não ser um fenômeno localizado mas uma crise sistêmica onde a única certeza que temos hoje é que o mês em curso será pior do que o que passou.

    Em tempo: Esse “pomba voou” é só no Centro?

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