Em reforma, Bar do Oswaldo dá a volta por cima e reabre em julho

Para manter o Bar do Oswaldo funcionando, um dos herdeiros conseguiu uma cozinha emprestada para produzir as suas tradicionais batidas

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Parcialmente destruído por um incêndio, em 23 de abril, quando partes da sua estrutura foram praticamente destruídas, o Bar do Oswaldo, na Barrada Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, já tem data prevista para retomar as suas atividades: 10 de julho. Muitos foram os esforços feitos pelos irmãos Rommel, Abigail e Marcello Cardozo, para que local não desaparecesse do cenário do Rio de Janeiro, para desespero dos cariocas.

Se engana quem pensa que o Bar do Oswaldo, famoso pelas batidas, parou de funcionar depois do fatídico evento. Rommel Cardozo, filho do fundador, conseguiu uma cozinha emprestada para produzir as bebidas e, desde então, tem vendido os produtos sob encomenda. Ele criou, recentemente, a campanha Batida Solidária, através da qual os clientes podem comprar um voucher da garrafa no valor promocional de R$ 50, no site Ingresso Certo, e resgatá-lo após a reabertura do estabelecimento. A meta dos administradores do Bar do Oswaldo, com a iniciativa, é vender dez mil vouchers e, assim, atingir R$ 500 mil, que serão aplicados na finalização das obras do local.

Segundo Rommel Cardozo, muitas intervenções já foram realizadas com recursos próprios, entre elas estão: a colocação do teto, a renovação das parte elétrica e hidráulica. Em breve, o estabelecimento deve começar a ser pintado, dando destaque ao tom avermelhado. Segundo Cardozo, muitos amigos, conhecidos e admiradores ajudaram nesta etapa do recomeço. O que possibilitou aos administradores do Bar do Oswaldo manter todos os funcionários, ao todo 26, com os seus contratos de trabalho ativos.

Mas o Bar do Oswaldo não será como antes. Ele será melhor. Muitas serão as transformações realizadas durante este voo de Fênix do estabelecimento. Estão previstos a construção de um espaço instagrmável, para as pessoas tirarem foto; a instalação de entradas para cabo USB nas paredes; a instalação de 4 televisores 4K conectadas ao som; a colocação de uma caixa d’água de cinco mil litros destinada à captação da água da chuva, para ser reutilizada nos banheiros. Além disso, os administradores também pretendem mudar a posição do balcão de atendimento, que passará do lado esquerdo, em frente à saída da cozinha, para o direito de quem entra no bar, aliviando o lado de Rommel, que recebia toda a quentura da cozinha e ainda ficava com cheiro de gordura enquanto atendia a clientela do bar.

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Fundado, em 1946, por Oswaldo Cardozo, o tradicional Bar do Oswaldo, como outros empreendimentos da cidade, começava a retornar á normalidade depois do surto pandêmico, quando, no dia 23, Dia de São Jorge, foi atingido por um incêndio que afetou parte do primeiro andar e destruiu o segundo pavimento, o sótão de madeira, que veio abaixo, e o estoque do bar. A sorte é que, cinco anos antes, Rommel Cardozo havia retirado do local todas as fotos do fundador do bar, em viagens e competições, bem como outros arquivos, que comporão o Museu do Oswaldo, que ele pretende montar no próprio Bar do Oswaldo.

De acordo com o herdeiro de Oswaldo Cardozo, as causas do incêndio, que quase incinerou um dos bares mais tradicionais do Rio, são desconhecidas, segundo o laudo da Polícia Civil. Mas ele acredita que o desastre tenha a ver com a prática criminosa de soltar balões. No dia, segundo ele, havia mais de 10 deles no céu, em homenagem ao Santo Guerreiro, que não gostaria que o Bar do Oswaldo sumisse do mapa do Rio de Janeiro.

As informações do jornal O Globo.

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