Em reunião para debater o Plano Diretor, participante pede mais consideração ao bairro Imperial de Santa Cruz

Em 2022, o RJ ganhou mais um bairro imperial: Santa Cruz, que passou a contar com uma Área de Proteção do Ambiente Cultural, com 185 imóveis preservados

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Sede da Prefeitura de Santa Cruz / Divulgação

A Comissão Especial do Plano Diretor, da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, realizou, nesta quarta-feira (31), no auditório Centro Universitário em Santa Cruz (UNICBE), a 12ª audiência pública territorial para debater a revisão do novo Plano Diretor da cidade. A audiência foi presidida pelo vereador Rafael Aloisio Freitas, presidente da Comissão Especial do Plano Diretor, e contou com as participações de representantes da Prefeitura, vereadores (forma híbrida), além de moradores e representantes da sociedade civil.

As autoridades abordaram questões relacionadas às diretrizes urbanas voltadas para a Área de Planejamento 5.3, composta pelos bairros de Santa Cruz, Sepetiba e Paciência, que contam com uma população estimada em 410 mil habitantes e ocupam uma área de 164 quilômetros m². Os 3 bairros respondem por 6,2% da população carioca e 13,6% da área territorial do município.

Uma das principais diretivas para a Zona Oeste é o regramento das construções na região, impedindo a ocupação e uso desordenado do território. Outras diretivas são a preservação das áreas ambientais e a promoção da produção agrícola.

“A gente sabe da importância das zonas agrícolas para a cidade e era preciso criar alguma coisa para garantir sua manutenção. Então, está sendo proposta a criação de uma Zona Agrícola, e ampliação da possibilidade do uso agrícola nas demais zonas propostas para a região”, disse Felipe Manhães, Gerente de Planos Locais da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano.

Em maio de 2022, o Rio de Janeiro ganhou mais um bairro imperial: Santa Cruz, que ao lado de São Cristóvão, na Zona Norte, tem uma Área de Proteção do Ambiente Cultural (APAC), que conta com 185 imóveis preservados dentro de sua área de abrangência. Durante audiência, a integrante do Projeto Descubra Santa Cruz, Andressa Lobo, pediu ao poder público municipal mais atenção ao bairro, que está longe de ter a consideração merecida por São Cristóvão.

 “Quando solicitamos o título de bairro imperial, tínhamos como referência o bairro de São Cristóvão, que recebeu um olhar mais carinhoso sobre o bairro, que hoje tem até condomínio de luxo. Precisamos pensar no Plano Diretor, aonde queremos chegar daqui a 10 anos. Temos o potencial histórico de Petrópolis”, afirmou Andressa.

Já o vereador Willian Siri ressaltou que a infraestrutura da região ainda é precária e requer mais investimentos.

“É necessário pensar a cidade a partir da Zona Oeste. Partes do Centro de Santa Cruz não tem saneamento. Falta infraestrutura onde as pessoas estão. O Plano Diretor é muito importante para nos dar um caminho”, disse o vereador.

É com base no Plano Diretor que o desenvolvimento urbanístico da cidade é executado, para viabilizar o pleno funcionamento do município e o bem-estar dos habitantes. As normativas ali elencadas definem como, quanto e onde construir no território, orientando a ocupação do solo urbano para os próximos 10 anos.

Antônio Corrêa, assessor da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, reconhece a importância do Plano Diretor para cidade, mas ressalta que ele não é a solução para todos os problemas enfrentados pelo Rio de Janeiro.

“As ações estruturantes, descritas no Plano, podem se transformar em projetos a serem implementados. Mas, o que estamos discutindo aqui, não é algo que será do dia a dia, é um planejamento de longo prazo”, lembrou o secretário.

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1 COMENTÁRIO

  1. Indiscutivelmente a Zona Oeste não falo em geral, mas sim um dos bairros, Santa Cruz, é um bairro abandonado pelo poder público. Eu sempre falei nos comentários que prefeito Eduardo Paes tem que dá uma atenção especial para esses bairros da Zona Oeste. Não vou nem falar mal do Prefeito, mas gostaria que se cobrassem investimento para esses bairros. O Rio de Janeiro tem que crescer e desenvolver por igual, com investimentos em infraestrutura, saneamento básico, educação, transporte e lazer.

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