Em um ato de respeito pelo Rio, Pezão deveria renunciar

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Luiz Fernando Pezão

Em 2014 votei em Luiz Fernando Pezão (PMDB) para governador, foi uma eleição difícil, nenhum candidato me apetecia. Então fui nele, não conseguiria votar em Marcelo Crivella (PRB), por suas posições extremamente conservadoras, nem no Tarcisio Mota (PSol), por suas posições também extrema pela esquerda. Fiquei então em dúvida se deveria ir de Pezão ou Garotinho (PR), o outro candidato era Lindbergh Farias (PT) que possuo certa ojeriza.

Então feita a Mea Culpa, Mea Maxima Culpa, vamos aos fatos hoje, Pezão é um governador que não governa! Ele já conseguiu deixar irritado os chefes e presidentes dos outros poderes do Estado. No Judiciário ficou uma guerra de releases por parte dos juízes e entidades, afinal, Pezão dizia que ia tirar de lá o dinheiro para pagar os funcionários.

Sem respeito na ALERJ

Na ALERJ ninguém mais o respeita, no dia 9 ele sofreu uma derrota por total falta de habilidade política. E olha que nosso legislativo é completamente controlado por Pezão! Perder lá, é perder em casa, sendo o dono da bola, sem goleiro. Seria só chutar.

E a cada dia aumenta o ódio dos servidores públicos por seu chefe governador. Na última foi pedir aos servidores compreensão por que o salário atrasaria, o que gerou várias piadas pela internet, destes pedindo a bancos compreensões pelos atrasos (que claro, não compreenderam).

E Pezão parece perdido, em fevereiro culpava o preço do barril do petróleo pela crise no estado do Rio. Mas não deveria ter feito dívida em renda incerta, como deixou claro Berenice Seara.

Antes tinha nomeado para a Secretaria de Direitos Humanos o pastor Ezequiel Teixeira (uma manobra para aumentar o número de deputados federais do PMDB que votassem em Leonardo Picciani para líder do partido no Congresso), de um conservadorismo atroz, que se devemos respeitar a opinião, não poderíamos deixar controlando uma secretaria que tem tratar com quem mais sofre discriminação por parte dos evangélicos, em especial o GLBT. E, claro, o pastor meteu os pés pelas mãos e fez uma declaração de que acreditava na cura gay, e comparando com acreditar na cura da câncer, da AIDS. Um absurdo, mas já esperado,e Pezão só lamentou.

Crise na Saúde, Educação e Segurança

Isso sem contarmos a crise na Saúde que entrou em colapso no fim do ano passado, com um déficit de mais de R$ 1,4 bilhão só com fornecedores. Sem leitos nos hospitais e sem os mais básicos insumos, como gaze e esparadrapo. A educação um desastre, o que está levando a ficarmos próximos de uma greve geral.

Nem preciso tocar em Segurança Pública, depois de muitos anos acreditando que o Rio estava pacificado voltam histórias de tiroteios na Linha Vermelha e Amarela, milícias e tráfico disputando áreas. Oras, só ver os vídeos no Rio de Nojeira para perceber que segurança pública não parece ser uma preocupação do governador.

Não quero nem lembrar das declarações de Pezão sobre o escândalo de violência doméstica do pré-candidato a prefeito do Rio, Pedro Paulo (PMDB) que tratou como coisa pequena, um assunto de família.

Pezão não tem mais condição de governar

Então, pergunto a você leitor do Diário do Rio, Pezão tem alguma condição de continuar governador do Rio de Janeiro? Ele junta uma tempestade perfeita, incapacidade política, gerencial e de respeito!

Se fosse um homem bom, como prometia sua campanha de Tv, em que ele era o Luiz, mas pode chamar de Pezão, veja:

Se ele fosse o homem do vídeo acima, que iria ajudar seu povo, ele renunciaria hoje! A verdade é que não há mais condições para Pezão continuar governando, ele é apenas uma sombra pelo Palácio Guanabara. Ouso dizer que a situação só não está pior que os escândalos de Brasília acabam ocupando todo o espaço da mídia.

Francisco Dornelles seria um bom governador

Francisco Dornelles

E, veja bem, nosso vice governador é um homem com bastante experiência política. Francisco Dornelles (PP). Ele já é bastante idoso, 81 anos, o que talvez fosse um problema para votar nele em uma eleição, mas para assumir a cadeira agora? Não vejo porque não, está são, e continua um animal político.

A ampla experiência, é formado em direito pela UFRJ e por Harvard, foi Senador, Ministro do Trabalho (governo FHC), Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (FHC), Ministro da Fazenda (Sarney), além de secretario da Fazenda em 1979 e, além de tudo, secretário particular de Tancredo quando este foi Primeiro Ministro do Brasil.

Reparou no currículo? Pergunto, não seria melhor ele do que Pezão? Essa dúvida não tenho.

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