Emissões de gases de efeito estufa caem 14% em 7 anos no Rio

A meta é reduzir em 20% as emissões até 2030

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(Foto: REUTERS / Pilar Olivares)

Novo inventário de emissão de gases de efeito estufa (GEE) da Prefeitura do Rio mostra que a cidade ainda tem grandes desafios para reduzir seu impacto no clima, mas que o crescimento populacional dos últimos anos esteve acompanhado de menos emissão de carbono. De 2012 a 2019 houve queda de 14% das emissões de dióxido de carbono-equivalente (métrica que representa todos os gases do efeito estufa em uma única unidade) na cidade. O setor de transportes puxou a queda, com decréscimo de 24 % nos 7 anos. O estudo foi feito pelo Instituto Pereira Passos (IPP), em parceria com Secretaria de Meio Ambiente e Secretaria de Fazenda e Planejamento.

O Rio foi a primeira cidade na América Latina a ter uma série histórica de inventários de emissões de GEE realizada por equipe própria do governo municipal. Captura e aproveitamento energético de biogás no Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica, reflorestamento e até o alto preço do combustível, desestimulou uso de veículos, são fatores que contribuíram para a queda. Para 2030, a Prefeitura tem meta de reduzir em 20% as emissões (com relação a 2017).

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Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere, embora a queda recente seja uma boa notícia, novos esforços precisam ser feitos para garantir o cumprimento da meta do Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática (PDS) da Prefeitura, lançado no último mês de junho.

A sinalização é boa, mas nossa gestão está comprometida com ações ambiciosas para manter a curva das emissões caindo. Até 2030, temos o compromisso de reflorestar 1.206 hectares, com novas florestas na Zona Oeste. Também temos o compromisso de quadruplicar as viagens de bicicleta. Tudo isso foi estipulado como meta dentro do Planejamento de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática“, destacou.

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Os números do inventário mostram que as emissões de GEE da cidade vem caindo, ano após ano, a partir de 2015, após atingirem um pico de 23.427.938 de toneladas de dióxido de carbono equivalente (t CO2e) em 2014. Esse pico tem grande contribuição da matriz elétrica mais suja, por conta da crise hídrica naquele ano.

A atividade siderúrgica responde por uma parcela significativa das emissões da cidade, mas vem adotando medidas para reduzir sua pegada de carbono, como, por exemplo, o uso biogás de aterros sanitários em seus processos produtivos.

O Rio de Janeiro realiza os seus inventários seguindo a metodologia mais completa, Basic+, do Global Protocol for Community-Scale Greenhouse Gas Emission Inventories (GPC), ou Protocolo Global para Inventários de Emissões de GEE de Escala Comunitária.

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Qualidade do ar na Região Metropolitana do Rio melhora durante período de isolamento social

Desde que a quarentena entrou em vigor, de março de 2020, a qualidade do ar tem melhorado na Região Metropolitana do Rio. Um levantamento realizado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em abril e em maio do ano passado, revelou que houve uma redução de dióxido de nitrogênio (NO2) e de monóxido de carbono (CO) na atmosfera.

O resultado, segundo os especialistas, é resultado das medidas de isolamento social. Menos pessoas nas ruas, menos emissões de poluentes.

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