Um paciente de 62 anos foi diagnosticado com um divertículo gigante, uma condição extremamente rara com menos de 200 casos no mundo, no Hospital Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio. O caso ganhou destaque ao ser tema de um artigo na revista científica “European Surgery – Acta Chirurgica Austriaca” e discutido no prestigiado 17° Congresso Europeu Colorretal, na Suíça.
O divertículo inflamatório detectado no paciente surpreendeu pela sua dimensão extraordinária, medindo 13 x 12 x 10cm na região abdominal, muito além do padrão de 4 a 9cm observado em divertículos comuns. O paciente relatou dor abdominal constante e uma significativa perda de peso durante pelo menos dois meses, levando à decisão de uma intervenção cirúrgica.
O exame clínico na sala de emergência revelou uma massa mole, palpável e dolorosa no flanco esquerdo do abdômen do paciente. A tomografia computadorizada surpreendeu os médicos com a extensão da inflamação, levando à decisão de uma cirurgia de laparotomia exploradora uma semana depois. A cirurgia confirmou a existência da massa inflamatória na parede abdominal e no cólon sigmoide, a porção final do intestino grosso. A intervenção ocorreu sem complicações, e o paciente recebeu alta quatro dias depois.
Com Alessandro Fiuza liderando a operação para extrair o tecido inflamado, Leonardo Fiuza sendo responsável pelo atendimento ambulatorial e pela descoberta do caso através de uma tomografia computadorizada, e Débora Fiuza, cineasta e filha de Alexandre, preparando o vídeo de apresentação enviado para o conselho de revisão do congresso na Suíça, a família Fiuza desempenhou um papel de destaque neste estudo.
A equipe do Hospital Salgado Filho foi representada na Suíça, destacando a singularidade e relevância do caso no cenário médico internacional.