Profissionais da concessionária Iguá percorrem diariamente as ruas da Zona Oeste do Rio de Janeiro em busca de vazamentos de água que não são visíveis a olho nu. Com o uso de geofones — dispositivos sensíveis que funcionam como “estetoscópios” para tubulações — as equipes conseguem identificar sons característicos da água escapando no subsolo e corrigir falhas antes que provoquem maiores prejuízos.
A operação, realizada tanto de dia quanto à noite, tem como objetivo otimizar a distribuição de água e combater o desperdício. À noite, quando o ambiente é mais silencioso, os técnicos conseguem identificar com maior precisão os ruídos causados pelos vazamentos, aumentando a eficácia da detecção. Por isso, mais da metade das equipes atuam nesse turno.
Desde 2022, quando assumiu a operação na região, a Iguá já investiu mais de R$ 700 milhões em melhorias no sistema de abastecimento. Em 2024, foram identificados 895 vazamentos ocultos, enquanto, de janeiro até março de 2025, já foram solucionadas 120 ocorrências, com 88% de assertividade na detecção.
O processo começa com o monitoramento da pressão e da vazão em pontos estratégicos da rede. Quando há indícios de irregularidade, os técnicos entram em campo com os geofones. O aparelho capta vibrações nas tubulações subterrâneas e transmite os sons para análise. Mesmo sem sinais externos, é possível identificar e reparar os vazamentos com precisão, evitando escavações desnecessárias e o desperdício de milhares de litros de água.
“A tecnologia de geofonamento é uma ferramenta crucial no combate ao desperdício de água. Desde o início da nossa operação, temos buscado formas inovadoras de lidar com esse problema, e o uso do geofone, junto com uma equipe especializada, nos permite agir com precisão”, afirma Lucas Arrosti, diretor de operações da Iguá.