As equipes Rex Tech e Spartan Team, formadas por alunos das escolas estaduais Maria Justiniano Fernandes e Bernardino Mello Júnior, em Nova Iguaçu, marcaram presença no Torneio Sesi de Robótica – Regional Rio de Janeiro Powered by Equinor, realizado no início do mês. O evento, que reuniu mais de 500 participantes de 48 equipes provenientes de escolas públicas, privadas, ONGs e grupos independentes, teve a Spartan Team como vencedora do Prêmio Parceria, que destaca métodos colaborativos entre equipes.
“A robótica não utiliza somente as ciências exatas. Ela trabalha a capacidade de criação, atenção, resolução de problemas e tomada de decisões. Esse cenário não é apenas futurista, é inspirador. Estamos vivendo um momento de muito orgulho para nossa rede”, destacou a secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto.
Robótica como ferramenta educacional e transformadora
A robótica tem sido uma ferramenta crucial para o engajamento educacional nas escolas estaduais. Segundo Guilherme Machado, diretor do Colégio Estadual Bernardino Mello Júnior, “muitas instituições educacionais têm usado a robótica para trabalhar várias disciplinas de forma dinâmica e divertida, atendendo às expectativas dos alunos mais ligados à tecnologia”.
Além de promover aprendizado interdisciplinar, as aulas de robótica desenvolvem habilidades como criatividade, raciocínio lógico, trabalho em equipe e respeito às diferenças. Estudantes aplicam conceitos de matemática, física, eletrônica, história e artes na construção de maquetes, robôs e programas inovadores.
Sucesso internacional
O excelente desempenho das equipes de Nova Iguaçu não se restringe ao torneio estadual. Em agosto de 2024, as duas equipes conquistaram posições de destaque na Roboworld Cup Fira 2024, um campeonato mundial realizado no Maranhão. A Rex Tech venceu a prova Missão Impossível na categoria até 14 anos e conquistou o segundo lugar na disputa Cabo de Guerra. Já a Spartan Team alcançou o terceiro lugar geral na Missão Impossível, para estudantes de até 19 anos.
“Foi minha primeira experiência em um torneio como esse, e ter conseguido este resultado é muito gratificante. Não vai sair da minha cabeça. Já estamos planejando a próxima temporada”, comemorou Fernanda Santana da Silva, capitã do Spartan Team, de apenas 15 anos.
A competição promoveu soluções para desafios de sustentabilidade relacionados aos oceanos, como robôs para limpeza das águas e monitoramento da saúde da fauna marinha. Segundo os organizadores, o evento prioriza valores de respeito, cooperação e inovação, reforçando a importância de equipes colaborarem para alcançar objetivos comuns.
A evolução das escolas estaduais
Para Adriana Igrejas, diretora do Colégio Estadual Maria Justiniano Fernandes, a participação das equipes reforça a transformação vivida pelas escolas estaduais: “A Rex Tech, assim como o Spartan Team, nos enche de orgulho. Estamos confiantes no trabalho desenvolvido por nossos estudantes e animados para as próximas competições.”
O impacto da robótica também foi destacado por Maria Angélica Novaes, diretora pedagógica da Diretoria Metropolitana I: “Essa relação com a busca pelo aprendizado é um diferencial na vida dos estudantes. Espero que a participação nessas competições inspire outras escolas da rede.”
Sobre o torneio
O torneio da FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology) é uma das maiores competições de robótica do mundo. Criada em 1989, a organização promove eventos para incentivar jovens a se tornarem líderes em ciência e tecnologia. Nesta edição, dois desafios foram propostos:
- FIRST Lego League Challenge (FLLC): estudantes de 9 a 15 anos projetam robôs de pequeno porte e miniaturas com peças de Lego.
- FIRST Tech Challenge (FTC): equipes de até 15 alunos do ensino fundamental e médio projetam e operam robôs semi-industriais para desafios em formato de aliança.
As iniciativas da Firjan Sesi apoiam a participação de equipes nessas competições, fomentando criatividade, pensamento científico e habilidades de resolução de problemas.