Esgoto a céu aberto traz mau cheiro e gera transtorno aos frequentadores do Polo Gastronômico de Botafogo

Proprietários de bares e restaurantes reclamam da situação e alegam que a Águas do Rio não tem conseguido resolver o problema

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Bueiro entupido em Botafogo (Foto enviada por leitor)


Problema crônico de infraestrutura do Rio de Janeiro, o entupimento da rede de esgoto tem prejudicado comerciantes do Polo Gastronômico de Botafogo, na Zona Sul do Rio. Segundo alguns donos de bares e restaurantes da área relataram ao DIÁRIO DO RIO, quase que diariamente os clientes e frequentadores da região precisam conviver com o odor desagradável do esgoto e a proliferação de insetos.

Proprietária de um restaurante na Rua Visconde de Caravelas, epicentro dos alagamentos, Ana Carolina relata que a adversidade tem impactado nos negócios, uma vez que os fregueses precisam dividir espaço com rejeitos vindo das galerias pluviais e com todo tipo de praga que sai dos bueiros, como ratos, baratas e moscas.

Ela conta que, em três meses com a loja funcionando no local, nunca ficou uma semana sem conviver com os bueiros entupidos e vazamentos na porta de seu estabelecimento. Ainda de acordo com a empresária, a Águas do Rio, companhia de água e esgoto que atua nas Zonas Sul, Norte, Centro do Rio e outros 26 municípios do estado, faz apenas reparos provisórios, sem resolver de fato a questão.

“Eles fazem um desentupimento de um bueiro, e no dia seguinte, outro já está entupido e com vazamento pela rua. Eles vieram aqui, fizeram o desentupimento de um bueiro na frente da minha loja e começaram a vazar seis bueiros no restante da rua. Sobe basicamente esgoto, fica um cheiro horroroso na frente das lojas, o que tem gerado uma infestação de insetos”. 

Veja os vazamentos em alguns trechos da via

Outra reclamação dos gerentes do polo gastronômico são os horários escolhidos pela empresa para realizar os serviços. Sempre quando os bares e restaurantes estão cheios.

“Eles fazem as visitas para desobstruir o esgoto bem na hora de maior movimento, por volta de 12h ou 21h, horários em que a gente está servindo almoço, jantar ou happy hour. E aí eles abrem os bueiros e sai de tudo dali, é bem desagradável toda essa situação”, diz um outro dono de estabelecimento do logradouro. 

Procurada pelo DIÁRIO DO RIO, a Águas do Rio não se havia se manifestado até a publicação desta matéria.

Atualização – 16/06

Em nota enviada ao DIÁRIO DO RIO, a Águas do Rio informou que “atua de forma constante no local, no intuito de conter vazamentos provenientes de acúmulo de gordura na rede. Por conta das restrições do trânsito na cidade, estes serviços não podem ser executados durante o período diurno. Para evitar transtornos aos clientes, as equipes passarão a atuar a partir de 1h da madrugada no local.

A concessionária reforça a importância da limpeza da caixa de gordura dos estabelecimentos da cidade, para evitar o descarte indevido na rede de esgoto. Além disso, se coloca à disposição para apoiar bares e restaurantes com orientações adicionais sobre estes procedimentos.

Cabe ressaltar que o óleo descartado, indevidamente, na rede, após esfriar vira um bloco sólido capaz de obstruir as tubulações,  reduzindo a passagem do esgoto, e causando assim extravasamentos indesejáveis”.

Túnel que leva esgoto da Zona Sul para o oceano passará por primeira limpeza após mais de meio século

Na semana passada, o jornal Extra informou que o trecho de Copacabana do túnel subterrâneo, que leva o esgoto e as águas pluviais de bairros da Zona Sul até o emissário submarino de Ipanema, será limpo pela primeira vez em mais de meio século.

A operação inédita está prevista para começar no dia 20, e deve durar nove meses. A expectativa é a redução de transbordamentos em dias de chuva e das línguas negras nas areias das praias.

Antes da Copa do Mundo de 2014, o túnel foi desobstruído, exceto o trecho de Copacabana, que segue sem limpeza desde quando foi construído, em 1971. A ação marca o mês do Meio Ambiente, celebrado em junho.

Entre abril e maio, a Águas do Rio retirou 600 toneladas de resíduos do trecho do túnel entre os bairros da Glória e de Botafogo. Agora, a previsão é de que 2 mil toneladas de detritos sejam removidas nos 2,4 quilômetros da Avenida Atlântica, a um custo de R$ 3,4 milhões, segundo a concessionária. O trecho da Avenida Princesa Isabel, que divide os bairros do Leme e Copacabana, ainda não têm previsão para receber as obras. Esta é a segunda fase de limpeza do chamado interceptor oceânico.

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1 COMENTÁRIO

  1. As Ruas Conde de Bonfim, altura do número 546 e José Higino – trecho entre Rua Conde de Bonfim e Av. Maracanã está com cheiro insuportável de esgoto que invade casas, apartamentos e lojas, sendo desagradável frequentar a Padaria Elba que fica bem na esquina da Conde de Bonfim com José Higino. Na matéria, a empresa alega que a gordura descartada na rede ao esfriar cria um bloco, o que pode obstruir a rede de esgoto. Bem se isso ocorre, é preciso que a empresa notifique os estabelecimentos, residências e condomínios sobre a melhor forma de descarta a gordura, a necessidade de existir e limpar a caixa de gordura, evitando que esse dejeto vá para rede de esgoto. Isso não é feito. Na vila onde eu moro, não vejo ninguem limpar a caixa de gordura, se é que existe.

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