O síndico e responsáveis os por um prédio localizado na Rua Uruguaiana expressam sua preocupação com as más condições da Rua Reitor Azevedo Amaral, situada ao lado do prédio comercial. Os administradores da Igreja setecentista do outro lado da rua ecoam as críticas. A via, que possui portões fechados à noite e aos domingos, serve como um arremedo de estacionamento para o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), que tem sede nas proximidades.
Os responsáveis pelo edifício Sloper denunciam a situação, alegando que já realizaram inúmeras obras na calçada lateral da construção devido ao desgaste causado pelos carros estacionados. Eles argumentam que a presença massiva de veículos do Detro impede a circulação de táxis e motoristas de aplicativos, dificultando o acesso de condôminos e clientes do prédio, que abriga importantes escritórios comerciais.
O prédio em questão possui três portas voltadas para a Rua Reitor Azevedo Amaral, uma via estreita que faz a ligação entre a Rua Uruguaiana e o Largo São Francisco de Paula. Os carros estacionados na rua ocupam o espaço lateral de dois prédios tombados do Centro do Rio: o edifício Sloper, construído em estilo art déco, e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, datada do século XVIII e construída em estilo colonial.
As denúncias ressaltam que, enquanto a rua costumava ser conhecida por sua tranquilidade e rodeada por joias arquitetônicas, agora enfrenta desordem devido ao estacionamento desorganizado, que frequentemente obstrui a circulação da via. Situação caótica semelhante ocorria ao lado da Igreja de São Francisco de Paula, onde a Loterj também emporcalhava a via histórica, chegando a fazer dela depósito de sucata. Após matéria do DIÁRIO, a Loterj, que é presidida de Brasília por um político bolsonarista, iniciou a retirada do lixo, que atraía vetores de várias doenças.
Segundo a administração do Edifício Sloper, os carros do Detro destroem as tampas de bueiro, e funcionários do órgão chegam a arrancar os fradinhos que impedem que estacionem nas calçadas. Além disso, motoristas urinam junto aos automóveis gerando um fedor quase insuportável que muitas vezes transforma a via numa latrina, explica o síndico. “Já tivemos que refazer diversas vezes a calçada, e já tivemos vazamentos no nosso subsolo causados pelo peso destes carros em cima das nossas instalações de incêndio e caixas de aterramento”, diz.
Frequentadores e empresários da área questionam o papel do órgão responsável, alegando que o Poder Público deveria dar o exemplo e agir para resolver o problema em vez de contribuir para a desordem da área.
DIREITO DE RESPOSTA
O Detro-RJ informa que o local utilizado como estacionamento por suas viaturas é devidamente regulamentado pela prefeitura, inclusive contando com a presença de uma placa demarcando o espaço.
As viaturas ficam posicionadas no local aguardando um acionamento ou início de uma ação de fiscalização programada, estacionadas em local permitido, fora da calçada.
Não é verdade que a presença de veículos do departamento no local impeça a circulação de táxis e motoristas de aplicativo, sendo essa uma dificuldade imposta pela atual situação do comércio ambulante existente na Rua Uruguaiana, frequentemente com motos estacionadas à calçada.
Além disso, o Detro-RJ informa que a sede do departamento encontra-se logo à frente do estacionamento, onde há banheiros disponíveis para os motoristas e funcionários. E que, infelizmente, o local tem sido utilizado pela população de rua como banheiro público.
Precisava dizer que o político de Brasília que comanda a Loterj é bolsonarista? Desnecessário e não acrescenta nada!