Estado do Rio destina R$ 4 milhões para projetos carnavalescos

Editais publicados hoje contemplam com verba emergencial escolas de samba e blocos prejudicados com o cancelamento dos desfiles deste ano

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Foto: Reprodução

A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECEC) vai disponibilizar R$ 4 milhões para escolas de samba e blocos do estado. A medida serve para atenuar os efeitos do cancelamento do carnaval deste ano. Foram publicados, hoje, 22/04, dois editais de premiação para projetos de apresentações com transmissão pela internet, com o objetivo de fomentar essa atividade cultural, estimular a cadeia produtiva do setor e gerar renda para profissionais da área. O período de inscrições começa nesta segunda-feira, dia 26/04 e dura 30 dias.

Esses editais chegam para dar uma ajuda extra para escolas de samba, blocos e todos os profissionais que vivem o carnaval. Infelizmente, a pandemia da Covid-19 nos impediu de realizar o carnaval mais famoso do mundo. Esse momento é de apoiar a arte, a cultura e toda a cadeia produtiva que não conseguiu trabalhar em um momento tão difícil”, afirma o governador em exercício Cláudio Castro.

Por conta da pandemia de Covid-19, o Carnaval de Rua e os Desfiles das Escolas de Samba foram cancelados este ano em todo o estado. A necessidade de evitar aglomerações e salvar vidas acarretou prejuízos para diversos trabalhadores, como ritmistas, cantores, passistas, aderecistas, entre outros, além de ter deixado foliões sem sua maior festa popular. A nova iniciativa, que deve contemplar 104 projetos, procura reduzir essa perda e contribuir para os preparativos para o carnaval de 2022.

As escolas de samba do Grupo Especial, vinculadas à Liesa, terão direito a R$ 150 mil cada uma e podem, a partir do pagamento, realizar a escolha dos sambas-enredo e outros eventos virtuais. As agremiações filiadas à Lierj podem ser premiadas com R$ 40 mil, enquanto a verba para as escolas filiadas a outras ligas, incluindo Escolas Mirins, é de R$ 20 mil para cada uma.

O auxílio para os blocos está previsto num segundo edital e só podem participar os que são vinculados a federações ou associações. Entidades que representem dez ou mais agremiações podem ser premiadas com R$ 100 mil. O valor para quem reúne entre cinco e nove blocos é de R$ 50 mil. Já as entidades com até quatro blocos têm direito a R$ 25 mil pelo edital. Pelas regras de distribuição das vagas, 60% dos prêmios vão para organizações do Interior e 40% para a Capital.

Para garantir que profissionais da cadeia produtiva do carnaval sejam beneficiados, os editais exigem que pelo menos 25% sejam destinados ao pagamento de pessoal.

Um dos principais critérios para ser contemplado nos editais é que os concorrentes não tenham recebido verba da SECEC nos últimos 12 meses, incluindo os editais da Lei Aldir Blanc. Outro quesito importante é comprovar a realização de desfiles em 2020. Também é imprescindível estar adimplente com a Secretaria e ter CNPJ registrado há pelo menos dois anos. Para concorrer, a entidade carnavalesca precisa acessar o sistema Desenvolve Cultura, disponível no site

“O Carnaval tem uma importância cultural enorme para o estado. Todos sabemos o quanto as pessoas ficaram tristes sem os desfiles. As apresentações vão ajudar as pessoas a matar um pouco a saudade da folia. É hora de vestir a camisa da escola ou do bloco e reviver a emoção da quadra, da pracinha ou da rua, mesmo assistindo pela internet“, comenta a secretária de Cultura Danielle Barros.

Lei Aldir Blanc

A Lei Aldir Blanc destinou R$ 3 bilhões para o setor cultural brasileiro. O Estado do Rio de Janeiro repassou pouco mais de R$ 104 milhões para os fazedores de cultura fluminenses: foram pagos 1.699 rendas emergenciais no valor de R$ 3 mil e ainda seis editais de premiação para 2.400 projetos destinados a circos e pontos de cultura, além de instrumentos de fomento para companhias, espaços artísticos e grupos culturais.

Os projetos carnavalescos já haviam sido beneficiados com cerca de R$ 5 milhões da Lei Aldir Blanc, distribuídos para 103 ações culturais.

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carioca, estudante de Letras na UFRJ. Nascida numa segunda-feira de carnaval, se apaixonou muito cedo pela arte das Escolas de Samba. Moradora da Taquara, é Zona Oeste desde os onze anos; não dispensa um passeio pelo Centro, uma ida ao Parque de Madureira, uma volta pela Cidade das Artes ou qualquer outro evento que consiga ir. Gosta de teatro e música, às vezes se arrisca nessas áreas. Também é pseudônimo de Bárbara de Carvalho.

1 COMENTÁRIO

  1. Mais uma sacanagem carimbada pelo Governo do Estado do RJ… Tá ruim pra todo mundo! Use esse dinheiro melhor, longe de carnaval. Na hora do lucro não chamam o governo pra dividir os ganhos. Quem quiser carnaval e escola de samba deve custear de seu próprio bolso: se escola de samba não conseguir patrocínio de ninguém, deixa falir – como está acontecendo com qualquer quitanda deste estado, que não tem padrinho no governo pra arrumar uma grana.

    Na hora do pega-pra-capar, da crise como estamos, não é porque é “cultural” que se torna “puro” ou “mais digno” de receber ajuda.

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