Os dados do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), analisados pelo Instituto Rio 21, mostram que 514 espécies estão sob ameaça de extinção no Estado do Rio. Dessas, 140 estão criticamente em perigo, 284 em perigo e 88 vulneráveis. A primeira classificação engloba espécies que estão sob risco extremamente alto de extinção na natureza. A segunda, que enfrentam um risco muito alto de extinção na natureza. Por último, espécies vulneráveis estão enfrentando um risco alto de extinção na natureza.
Entre essas espécies estão Orquídeas, Myrtaceaes e Araliaceaes.
As Unidades de Conservação que estão localizadas no município do Rio, 59 espécies estão ameaçadas de extinção. A Área de Proteção Ambiental de Gericinó-Mendanha é a unidade que possui mais espécies em risco: 3 estão criticamente em perigo, 14 em perigo e 7 vulneráveis. O Parque Estadual da Pedra Branca apresenta valores bem próximos: 2 criticamente em perigo, 11 em perigo e 7 vulneráveis. Já as outras unidades retratam um cenário mais ameno.
“Como a Área de Proteção Ambiental de Gericinó-Mendanha e o Parque Estadual da Pedra Branca são as unidades mais extensas, é natural que possuam o maior número de espécies em risco. Contudo, é importante que o Estado continue seu trabalho de preservação desses locais, cuidando principalmente das espécies endêmicas, que se mostram mais vulneráveis à extinção”, disse Carolina Carvalho, assistente de pesquisa do Instituto Rio21.
Ainda, a pesquisa do JBRJ analisa o número de espécies endêmicas do Rio de Janeiro. Isto é, aquelas espécies que ocorrem exclusivamente na região. Os dados apontam que grande parte das espécies endêmicas do Rio estão ameaçadas. Na Reserva Biológica Estadual de Guaratiba, todas as espécies endêmicas encontram-se sob risco de extinção. Das unidades observadas, o Parque Estadual do Mendanha possui a menor proporção de espécies endêmicas do Rio ameaçadas, mesmo assim, o valor é bastante elevado, de 71%.
O Inea é responsável pela gestão de 39 Unidades de Conservação no Estado do Rio de Janeiro, sendo 23 de proteção integral e 16 de uso sustentável. Dentre as de proteção integral, 5 se localizam no município do Rio de Janeiro: Parque Estadual da Chacrinha, Parque Estadual da Pedra Branca, Parque Estadual do Grajaú, Parque Estadual do Mendanha e Reserva Biológica Estadual de Guaratiba. Em contraste, apenas uma de uso sustentável fica na capital, a Área de Proteção Ambiental de Gericinó-Mendanha.