RJ terá investimento de R$ 800 milhões para criação, revitalização e desenvolvimento de condomínios industriais

Política pública de desenvolvimento econômico será efetuada por meio de parcerias firmadas com AgeRio, Codin e prefeituras

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Linha de produção da Confiança / Divulgação

O Governo do Estado investirá na reforma de 10 condomínios industriais, sob a administração da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin-Rio). O Programa Distritos Industriais receberá R$ 400 milhões dos cofres estaduais para a construção de 18 novos pólos em municípios estrategicamente distribuídos pelo Estado. Outros R$ 400 milhões também serão aplicados em linhas de crédito, com juros abaixo do mercado (2% ao ano), através da Agência Estadual de Fomento do Rio de Janeiro (AgeRio). Os investimentos são provenientes do Fundo de Recuperação Econômica dos Municípios Fluminenses (FREMF).

“Queremos industrializar ainda mais o Estado do Rio, potencializando as vocações regionais, para gerar mais emprego e renda para os fluminenses. Desde 1967, quando a Codin Rio foi criada, não se via uma ação focada no desenvolvimento do parque industrial dos municípios. Recentemente, tivemos a experiência bem-sucedida em Três Rios, com o modelo de desenvolvimento preparado pelo então prefeito e agora nosso secretário Vinicius Farah. Agora, prefeitos e o setor industrial contarão com a parceria do governo do Estado para desenvolver seus próprios centros. O Rio de Janeiro só será realmente forte com o fortalecimento do nosso interior e essa nova política atingirá esse objetivo já a partir deste ano”, explicou o governador Cláudio Castro (PL).

Pelo programa do Governo do Estado, 10 distritos industriais serão reformados: Santa Cruz, Queimados, Campos dos Goytacazes, Macaé, Campo Grande, Palmares (Itaguaí), Paciência, Três Rios, Duque de Caxias e Teresópolis. Outros 18 condomínios industriais serão criados em cidades fluminenses, a partir de uma análise das suas potencialidades e vocações. São eles: Itaperuna, Campos, Areal,  Sapucaia, Casimiro de Abreu, Tanguá, Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito, Barra Mansa,  Cordeiro, Macuco, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Paty do Alferes, Paraíba do Sul, Nova Friburgo, Macaé e Valença.

As áreas destinadas aos condomínios devem ter, entre 150 a 200 mil m², e devem oferecer registros formais do imóvel, como o RGI, levantamento topográfico, planta da área, entre outras especificações, para que o Estado, após análise técnica, empreenda ações de infraestrutura.

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Para a elaboração e implementação do projeto, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços também usou dados do “Desenvolve RJ”. A sanção da Lei 9.633/22 pelo governador Cláudio Castro ajudou a potencializar o cenário favorável para a realização das obras. A iniciativa beneficiou os municípios de Araruama, Barra do Piraí, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Itaboraí, Japeri, Macaé, Magé, Nova Friburgo, Paracambi, Petrópolis, Pinheiral, Queimados, Rio Bonito, Seropédica e Teresópolis, com a inclusão no Tratamento Tributário Especial do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A medida permite que os negócios locais façam a adesão ao benefício, que reduz a alíquota de ICMS de 20% para 3%, na sistemática de débito e crédito.

A cidade de Três Rios serviu de base para a elaboração do programa Distritos Industriais. Sob a administração do atual secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Vinicius Farah, a iniciativa pioneira atraiu 2.472 empresas para o município e gerou 18.100 empregos diretos e indiretos. A ação exitosa levou o governador a convidar o ex-prefeito Vinicius Farah, a criar um modelo que facilitasse a evolução econômica das cidades fluminenses.

“A construção de condomínios industriais é um alto investimento, que nem todos os municípios têm condições de arcar. Nossa iniciativa vai entregar todas as condições necessárias para os prefeitos prepararem terrenos favoráveis, com ambiente de negócios propício para disputar o mercado com relevância, com muito mais chance de promover sustentabilidade econômica e social à sua população”, destacou o secretário.

Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade, é um exemplo de distrito industrial bem-sucedido. A parceria da Secretaria de Estado de Educação com a antiga companhia siderúrgica da Thyssenkrupp (hoje Ternium), permitiu a construção do Colégio Estadual Erich W. Heine, a primeira da América Latina a atender requisitos de sustentabilidade e que recebeu o certificado LEED Schools, do Green Building Council.

“A Codin considera essencial a industrialização baseada no desenvolvimento sustentável. Hoje, o Distrito Industrial de Santa Cruz já coloca em prática o modelo de simbiose industrial. A ideia é que o modelo se amplie cada vez mais, sendo aplicado nos demais distritos industriais e, também, nos projetos de implantação dos novos condomínios industriais”, disse o presidente da Codin-RJ, Julio Andrade.

Em 1980, as empresas de Santa Cruz se uniram para investir nas demandas sociais locais, criando a Associação das Empresas do Distrito Industrial de Santa Cruz (AEDIN), para fomentar melhorias para a comunidade por meio de projetos soco-educacionais. Atualmente, Santa Cruz gera cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos, além de uma arrecadação tributária de mais de R$ 200 milhões anuais para o Rio de Janeiro. Na região estão instaladas empresas, como: Ternium, Gerdau, Casa da Moeda do Brasil, Fábrica Carioca de Catalisadores e Furnas.

A AEDIN lançará este mês, em parceria com o Instituto Santa Cruz Sustentável, um edital para apoiar projetos culturais em Santa Cruz, com valores de investimento de R$ 10 mil, para cada projeto aprovado. A companhia, que é especializada na produção de placas de aço, investe mais de R$ 10 milhões anualmente no desenvolvimento socioeconômico de Santa Cruz e região, atendendo a mais de nove mil pessoas diretamente.  Nos últimos cinco anos, a empresa aplicou mais de R$ 55 milhões em reformas de escolas públicas, doações, apoio para superar a pandemia da Covid-19, cultura, esporte, entre outras ações. A mais nova empreitada da companhia será a construção da Escola Técnica Roberto Rocca, já iniciada, que trará para o Brasil um modelo escolar já existente no México e na Argentina.

“A escola deve ser inaugurada em 2025 e terá cerca de 600 vagas de Ensino Médio, destinadas às formações técnicas de Mecatrônica e Eletromecânica. Será administrada pelo Instituto Ternium, que será criado e também abrigará todos os projetos sociais da empresa nas áreas de educação, esporte e cultura, entre eles, o Programa Bolsas Roberto Rocca, que já reconheceu 639 alunos nos últimos quatro anos, com bolsas que hoje estão em R$ 6,5 mil para universitários e R$ 2,5 mil para ensino médio da rede pública de Santa Cruz e região. No total, já investimos R$ 1,9 milhão desde o início do programa” – esclareceu Fernanda Candeias, gerente senior de Relações Institucionais e com a Comunidade da Ternium e presidente da AEDIN.

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