Se há algumas semanas o cenário econômico do Estado do Rio de Janeiro não estava nada bonito, hoje temos a certeza que o ano de 2015 será sombrio. Em poucas semanas a estimativa de economias necessárias subiu de 2,5 bilhões de reais (algo em torno de 3% do orçamento) para algo em torno de 8 bilhões de reais. Ou seja, perto de 10% do orçamento total do estado do Rio de Janeiro para o ano de 2015.
Origens do problema são conhecidas. O preço em queda livre do petróleo e a roubalheira da Petrobras estão afetando em cheio o maior setor econômico do estado. Ainda por cima todos os outros setores econômicos estão passando por dificuldades devido ao descontrole macroeconômico que herdamos do governo federal do PT nos últimos anos. E se não fosse o bastante temos como cereja do bolo a crise hídrica e energética, comprometendo a atividade econômica e colocando em cheque novos investimentos.
As consequências não devem ser menosprezadas. Um corte de 10% no orçamento do estado é uma coisa brutal. Considerem por exemplo que salários e benefícios previdenciários não podem ser cortados de maneira rápida no Brasil. Redução de pessoal apenas os comissionados, já que funcionários concursados são praticamente “indemitíveis”.
Já está claro que todas as pastas terão que economizar, até as mais necessitadas de verbas como Segurança, Educação e Saúde. É preciso que o estado seja bastante claro sobre a gravidade da situação fiscal e que consiga articular junto à sociedade civil para que o estado passe por essa fase sem que importantes programas sejam completamente desmantelados, por exemplo as UPP´s. Não há como conceber nesse momento uma expansão das mesmas. Por outro lado abandonar as atuais seria abandonar importantes investimentos feitos nos anos que passaram. Isso quer dizer por exemplo que talvez categorias de funcionários públicos precisem aceitar aumentos menores este ano.
Uma coisa é certa. 2015 será um ano de teste para a atual administração. Todos os fatores econômicos estão comprometidos. Nesta hora veremos se nossos políticos eleitos são de fato gestores de qualidade. Torço para que sejam, temo que não estejam à altura.