O bairro da Glória, na zona Sul, do Rio de Janeiro, é rico em história e em belos monumentos que celebram a fé, os grandes personagens brasileiros e os grandes momentos da história nacional. Apesar da beleza e da importância das obras, quem mora no bairro conhece o enredo de abandono profundo e má conservação delas.
Na noite da última quarta-feira (27), foi um postado um vídeo na página Informe Gloriano, no qual uma moradora do bairro registrou a depredação sofrida por um monumento em homenagem à São Francisco de Assis e à Santa Clara.
A escultura toda em bronze e com pedestal de granito, teve as suas 4 placas, também em bronze, furtadas. A última havia sido saqueada há alguns minutos. Os bairro da Glória está a mercê de viciados e mendigos que vêm destruindo diversos monumentos. Recentemente, vândalos criminosos incendiaram a estátua do descobridor Pedro Álvares Cabral.
Revoltado, um internauta perguntou: “Para que serve essa Guarda Municipal? Para ficar em celulares e ficar andando de viaturas zero km? Um desperdício de dinheiro público!”
Outro internauta, também em tom de revolta complementou: “Cidade totalmente abandonada em todos os sentidos.”
A obra, que homenageia os dois santos padroeiros dos animais fica na Praça Luiz de Camões, onde também se encontra o Memorial Getúlio Vargas. A praça é próxima ao Outeiro da Glória, onde é possível ver moradores de rua e usuários de drogas que perambulam pela região. O bronze saqueado das estátuas, patrimônio público do carioca, muitas vezes é convertido em drogas. Para tristeza nossa e da nossa belíssima cidade. Costumam ser vendidos a algum dos diversos ferros velhos clandestinos que funcionam nas barbas das autoridades cariocas, que perderam totalmente o apreço e o cuidado com o espaço público.
Um breve história do monumento
O monumento, que é a representação de Santa Clara e São Francisco de Assis em tamanho natural e em bronze, foi erguido por Amaro da Silveira, que doou a peça ao Rio de Janeiro, por ocasião do 7º centenário da morte do Santo.
A estátua representa São Francisco de Assis sobre um pedestal de granito, recitando, de joelhos, o “Cântico do Sol”. O santo tem a seu lado Santa Clara orando. O conjunto é complementado por quatro baixos-relevos, que retratam os principais episódios da vida de São Francisco.
As placas do pedestal não são originais. O Jornal do Brasil informou, na edição de 10 de abril de 1963, que elas haviam sido roubadas.
Quase 50 anos depois assistimos as mesmas cenas de vandalismo e falta de civismo. O tempo passa, mas a cultura anti – patrimonial, não.
Com informações do site Inventario dos Monumentos RJ.
façam placa de latão, lata, qualquer coisa sem valor. aí bota fundo de cimento e uma galvanização de bronze. quando o cidadão roubar, estará escrito atrás: “se fud… otário”. rsrsrsrsrs (brincadeira. triste notícia)
Solução simples ,fazer peças cenográficas com fibra de vidro, sem valor comercial no “mercado paralelo”
Cade o prototipo de prefeito ?
Em Nova Friburgo, na região Serrana do Rio, entre a semana de Natal e o Ano Novo de 2021/2022, ação de criminosos e receptadores, resultou no furto de umas 40 placas (ou mais) dos principais monumentos da Cidade. O delegado titular da 151ª DP, dr Henrique Pessoa, até que agiu prontamente e deteve três suspeitos, sendo um receptador. Mas evidente e infelizmente, não ficaram presos. Apenas uma as placas foi recuperada. O mais grave nisso tudo, a meu ver é que, quatro meses se passaram e a Prefeitura, nem o atual Prefeito se dignaram a se pronunciar a respeito, principalmente quanto a necessária reposição das peças. Hoje, Nova Friburgo uma cidade turismo, exibe o deprimente espetáculos de suas praças com boa parte de seu patrimônio dilapidado. Um verdadeiro atentado à identidade histórico-cultural do Município, criado por um decreto do próprio Rei, dom João VI, vão fazer 204 anos, no próximo dia 16 de maio.
Infelizmente, estamos abandonados pelos orgâos publicos resposáveis em combater o vandalismo no Rio de Janeiro.
Ué!… Existem duas praças com o mesmo nome na região central da cidade? Até agora, a praça Luiz de Camões que eu conhecia é a que fica em frente ao Real Gabinete Português de Leitura, na rua de mesmo nome, e ao lado do Teatro João Caetano, ou aquela pracinha que abriga a estátua de Camões não tem nome?