Nesta quarta-feira (26/03), durante sessão extraordinária, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CMRJ) reconheceu o estilo musical choro – ou chorinho, como também é conhecido – como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da Cidade.
Há cerca de um ano, o ritmo já havia sido declarado Patrimônio Cultural Imaterial do País pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Agora, com a derrubada do veto total do prefeito Eduardo Paes ao projeto de lei 2.913/2024, de autoria do ex-vereador Celso Costa, passará a ser reconhecido, também, no âmbito municipal. A lei entrará em vigor após promulgação do presidente da CMRJ, vereador Carlo Caiado (PSD).
O choro é um ritmo musical genuinamente brasileiro, que surgiu por volta de 1870, quando Joaquim Callado lançou a música ”Flor Amorosa”. Posteriormente, nomes como Chiquinha Gonzaga e Pixinguinha se consagraram no gênero, que se tornou muito popular, especialmente na boemia carioca.
”Influenciado pela música europeia e africana, o choro inspirou a bossa nova, o samba e o pagode, atraindo uma legião de fãs em diversas partes do mundo. Por isso a importância de reconhecer esse estilo, que é a cara da cidade, como patrimônio cultural de natureza imaterial”, explica o autor.
Diferentemente do patrimônio material, o patrimônio imaterial não se refere a lugares ou coisas, mas sim aos saberes culturais passados de geração a geração, importantes para a criação de uma identidade cultural na sociedade.