O Prêmio Narcisa Amália de Literatura e Jornalismo poderá ser instituído pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para reconhecer estudantes do ensino médio da rede pública que se destacarem na produção literária e jornalística. O Projeto de Resolução 1.023/24, de autoria da deputada Carla Machado (PT), foi aprovado em redação final nesta quinta-feira, 27 de março, e será promulgado pelo presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União), nos próximos dias.
A premiação contemplará três categorias: poesia, crônica e jornal escolar. A cada edição, as obras selecionadas serão publicadas em coletânea nos formatos digital e, caso haja orçamento e interesse público, também em versão impressa. Os primeiros colocados em cada categoria receberão diplomas e poderão ser premiados com valores em dinheiro, conforme disponibilidade financeira e decisão da presidência da Alerj.
Serão desclassificados os trabalhos que contenham ofensas pessoais ou desrespeitem os direitos humanos. A organização do prêmio ficará a cargo de servidores indicados pela presidência da Casa, que também publicará o regulamento no Diário Oficial com o cronograma, normas e instruções para participação.
A comissão avaliadora será composta por cinco especialistas das áreas acadêmica, literária ou jornalística, convidados com base em sua produção cultural ou científica. O trabalho dos jurados será voluntário e considerado de relevância social. As produções serão avaliadas por critérios como criatividade, originalidade, domínio da língua portuguesa e, no caso dos jornais escolares, aspectos técnicos e éticos do jornalismo.
A cerimônia de premiação ocorrerá no primeiro semestre de cada ano, preferencialmente em abril, mês em que se comemora o nascimento de Narcisa Amália, no dia 3. Nascida em São João da Barra, no Norte Fluminense, em 1852, Narcisa foi poeta, tradutora, crítica literária, educadora e jornalista. Considerada uma das primeiras vozes feministas da literatura brasileira, publicou sua obra mais reconhecida, Nebulosas, aos 20 anos, recebendo destaque no meio literário da época.
“Além de resgatar e divulgar a memória de Narcisa, o prêmio visa inspirar novas gerações de estudantes a explorar e valorizar a produção textual como forma de expressão e transformação social”, declarou a deputada Carla Machado.