Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Química do Centro Técnico Científico da PUC-Rio, em parceria com a Fiocruz, revela que os peixes do mar aberto do Rio de Janeiro estão com altos índices de contaminação por arsênio.
Os peixes, da espécie Cação, foram coletados para o estudo em Niterói, na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, Copacabana e Ipanema, na Zona Sul.
O arsênio é um elemento químico empregado em venenos e inseticidas. A longo prazo, a ingestão do arsênio pode causar complicações de pele, problemas cardiovasculares, diabetes e câncer.
A média a substância ficou em 30 miligramas por quilo do peixe, com pico de 79 miligramas encontrados em um peixe capturado perto das Ilhas Cagarras, no trecho de Ipanema, na Zona Sul. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aceita até um miligrama por quilo.
Rachel Ann Hauser-Davis, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, explica que o objetivo do estudo é mostrar que o consumo de cação não é adequado, tanto pela contaminação, quanto pelo risco de extinção do animal. O cação é um animal de topo de cadeia. Isso significa que ele acumula uma concentração maior de arsênio, já que é predador de outros peixes já contaminados.
O estudo ainda relata que a presença da substância no mar é causada por esgotos doméstico e industrial não tratados, pesticidas aplicados na agricultura, lixo sólido, equipamentos eletrônicos e combustíveis fósseis.
Não sejo as Agua do Igua fazendo nada pelos esgotos.