Estudo aponta que Petrópolis tem 10 bairros com alto risco de deslizamentos de terra

Mapeamento do Departamento de Recursos Minerais fluminense permitiu identificar todas as áreas críticas do município, além de propor várias soluções. Local mais perigoso é o Morro da Oficina

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Museu Imperial de Petrópolis

O Governo do Estado do Rio, por meio do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ), realizou um detalhado mapeamento de risco geológico na cidade Imperial de Petrópolis, na Região Serrana fluminense. O trabalho integra as ações de prevenção às mudanças climáticas empreendidas pela administração estadual, consolidadas no programa Serrana Resiliente. No mês de novembro, o documento foi apresentado Ministério Público do Rio (MPRJ), com as presenças do prefeito e o vice-prefeito eleitos, Hingo Hammes e Albano Filho (Baninho)

Segundo o estudo, o bairro Independência, nas proximidades da descida da serra; e o Morro da Oficina, no Alto da Serra, foram avaliados como os locais mais críticos de Petrópolis. No Morro da Oficina, mais de mil pessoas vivem sob risco iminente.

O Centro da cidade, também recebeu uma avaliação preocupante, ocupando a terceira posição de maior perigo no mapeamento. No local, mais de mil pessoas vivem em condições de risco alto e muito alto. O documento inclui ainda os bairros São Sebastião, Retiro, Vila Felipe, Quitandinha, Vale do Cuiabá, Madame Machado, Bataillard e Posse, segundo o Diário de Petrópolis. No total, mais de 17 mil que vivem nessas regiões estão sob risco alto e muito alto de deslizamentos de terra.

A titular da 1ª Promotoria de Tutela Coletiva de Petrópolis, a promotora de Justiça, Zilda Januzzi, destacou que espera ações concretas para debelar os perigos à população nas áreas de risco citadas:

“Esperamos que este mapeamento seja um instrumento para transformar a realidade social na cidade, orientando ações concretas do poder público. Petrópolis foi escolhida como cidade piloto do programa Serrana Resiliente, e este levantamento nos dá boas perspectivas para o futuro”, afirmou a promotora, segundo veículo.

O presidente do DRM-RJ, Luiz Cláudio Almeida Magalhães, por sua vez, ressaltou o ineditismo do estudo não só no Brasil, como no exterior. De acordo com Magalhães, para realizar a pesquisa foram combinadas análises técnicas detalhadas e tecnologia de ponta. A medida permitiu a identificação de áreas críticas, e a devida elaboração de soluções para reduzir riscos.

Para fazer o estudo, 548 microbacias foram visitadas pelos técnicos. Ao todo, foram avaliados mais de 15 mil pontos, pelos menos duas vezes.

“As mudanças climáticas são uma realidade e é prioridade do governador Cláudio Castro e minha também, preparar as cidades para  mitigar os impactos dos eventos severos na vida das pessoas. Este estudo detalhado da cidade após a tragédia de 2022 é um importante instrumento para orientar as ações”, disse o secretário do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, que coordena as ações do Plano de Contingência para as chuvas no estado.

Sobre o cronograma para a execução das medidas recomendadas pelo DRM-RJ, a Defesa Civil de Petrópolis informou que “o documento está em análise pelos técnicos da secretaria, que avaliam as informações para subsidiar as ações de prevenção e mitigação de riscos no município”, repercutiu o Diário de Petrópolis.

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