Estudo da Nasa aponta o RJ entre regiões inabitáveis até 2070 devido ao calor extremo

Cientistas alertam que ondas de calor estão mais frequentes e intensas, e que mundo continuará a esquentar se as emissões não forem reduzidas

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Primeiras mudas de árvore do Corredor Verde de Irajá foram plantadas neste sábado (8/6) - Rafael Catarcione/Prefeitura do Rio

Uma análise da Nasa, divulgada neste domingo (21/07) aponta que, devido ao aumento das temperaturas causado pelas mudanças climáticas, algumas regiões do mundo podem se tornar inabitáveis nas próximas décadas. O estudo mapeou cinco áreas da terra, incluindo a região sudeste do Brasil, onde fica o Rio de Janeiro, que irão sofrer com ondas de calor e umidade extrema, o que poderá impossibilitar a sobrevivência humana até 2070.

Os cientistas alertam que as ondas de calor estão se tornando mais frequentes e intensas, e que o mundo continuará a esquentar se as emissões de gases do efeito estufa não forem reduzidas. O estudo, liderado por Colin Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, analisou os extremos de calor e umidade, utilizando imagens de satélite e projeções de temperatura de bulbo úmido.

A temperatura de bulbo úmido é uma medida de conforto térmico que leva em consideração não apenas a temperatura, mas também a umidade do ar. O estudo mostrou que, desde 2005, algumas regiões do Golfo Pérsico e do Paquistão já atingem níveis extremos de calor e umidade, e que essa tendência deve se intensificar nas próximas décadas.

Além do Brasil, regiões como o Sul da Ásia, Golfo Pérsico, Mar Vermelho, partes da China, Sudeste Asiático estão entre as áreas onde a combinação de calor e umidade extremos poderá torná-las inabitáveis até 2070. A previsão é de que temperaturas de bulbo úmido superiores a 35 graus Celsius possam representar um risco à saúde humana, mesmo para pessoas saudáveis, nessas regiões.

Verão de 2024 teve recorde de calor no Rio

As altas temperaturas marcaram o verão deste ano na cidade do Rio. No último final de semana da estação mais quente do ano, no fim do mês de março, o município alcançou recordes históricos de sensação térmica. Com sensações térmicas que ultrapassaram os 62ºC. Segundo o Sistema Alerta Rio, a capital fluminense quebrou todas as marcas de calor já registradas em dez anos de medições.

Rio teve o outono mais quente dos últimos 22 anos

O outono deste ano no Rio registrou a média de temperatura mais alta para a estação nos últimos 22 anos no Rio. A média de temperatura nas tardes de junho costuma ser de 26°C. Esse ano, no entanto, a temperatura média foi de 31°C.

Apesar das madrugadas geladas, o inverno também vem tendo temperaturas acima da média e com menos chuva que o esperado para essa época do ano.

Projeto cria áreas de vegetação em Irajá para diminuir calor na região

A construção do primeiro Corredor Verde da Zona Norte foi iniciada no mês de junho, em Irajá, o bairro mais quente da cidade segundo o Sistema Alerta Rio. A obra cria áreas de vegetação em espaços urbanos, com o objetivo de diminuir os impactos do calor e da poluição atmosférica. A medida é realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima.

O projeto ainda prevê a implantação de canteiro central e arborização ao longo das calçadas nas avenidas Meriti e Brás de Pina, com previsão para início no segundo semestre.

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