Ah Polifonia, por que vais embora tão rápido? Chegou tão de repente e já levou muitos corações. Foram 2 dias, 11 bandas, amigos feitos, reencontrados, muitas conexões musicais, muito choro, abraço e amor. Foi assim terminou o Festival Polifonia nesse fim de semana (18/19). Produzido pela Agencia Olga em parceria com GIG musical o festival lotou o Vivo Rio, com um line up muito bem escolhido e pensado para o público consumidor de música. No dia 18 teve Vitrola Sintética, Folks, Zimbra, Tuyo, Scalene e Supercombo. Já no sábado (19) foi a vez de Plastic Fire, Glória, Menores Atos, Pense e Far From Alaska.
Vamos aos melhores momentos dessa festa…
VITROLA SINTÉTICA ( SP)
Texto: Douglas Freitas
Vitrola Sintética abriu o festival se apresentando a um público que em sua maioria ainda não conhecia a banda. O quarteto cheio de poesia mostrou de cara suas cartas, certamente ainda veremos a banda em outros grandes festivais do país. A grande credencial da banda foi a sua nítida CORAGEM pois logo na segunda música tocaram seu novo som que ainda nem foi lançado e que por sinal é uma coisa linda de ouvir (conta ainda com a participação da cantora baiana Josyara). Coragem, muita poesia e uma delicadeza as vezes agressiva quando fogem dos harmônicos tradicionais.
FOLKS (RJ)
Texto: Douglas Freitas
Folks é sempre energia e dessa vez não foi diferente, “Paralelas Imperfeitas” foi um das músicas que abriu o show, a banda está no auge tecnicamente a começar pelo espetacular baterista Paulo Victor e o upgrade de Kadu Carvalho no baixo sendo esse o mais novo integrante da banda. Os cariocas também tocaram “Para um grande amor” música que estará no próximo disco da banda e que ganhará uma versão da cantora Baiana Pitty. Assistir um show da Folks é sempre interessante, Kauan (voz) é um dos grandes vocalistas da atual cena não só pela voz rasgada e genuinamente roqueira como pela performance de um grande frontmen que é. Sérgio Sessim e Paulinho Barros ( guitarras) são dois guitarristas incríveis que tem bstante afinidade no palco, Sérginho é um jovem guitarrista clássico e Paulinho um fosfóro aceso no palco, energia e bases muito bem feitas. A banda tocou seus maiores sucessos incluindo a nova “Sobre Viver”.
ZIMBRA ( SANTOS-SP)
Texto: Marcelle Maria
A banda santista Zimbra fez um show jus a originalidade do grupo, veio com sua formação completa que deu o peso necessário para sua apresentação, com leveza e classe. Abriram com a música “Meia-vida” e fizeram a partir daí um encontro com a plateia tocando singles do primeiro álbum, como “Amanhã” e “Missão de Apolo”. A galera acompanhava em coro todas as músicas. Tocaram a clássica e sempre pedida “Já Sei”. E fecharam o show com “Viva”. Bola o vocalista, afirmou como era necessário a existência de festivais como o Polifonia para propagar bandas independentes como eles. A interação da banda fez a primeira noite do festival ser nada menos do que o esperado.
TUYO (PARANÁ)
Texto: Mariana Zanchetta
Em meio a sorrisos, o trio que compõe a banda Tuyo (@oituyo) subiu aos palcos do Polifonia em parceria com a artista Xan (@xantanazzz). O grupo tocou alguns hits do seu álbum de estreia “Pra Curar”(2018), influenciado pelo folk, lo-fi hip hop e synth pop. Apesar de alguns pequenos problemas técnicos de som no início, o público se manteve em êxtase com a apresentação do grupo. Com uma energia e notas vibrantes, a banda também cedeu o espaço com e para o grupo Youn (@youn.oficial). Em meio a uma “convenção internacional do carinho”, a troca de afetos no palco e com o público definitivamente marcou o festival.
SCALENE (BRASÍLIA – DF)
Foto: Larissa Zanchetta |
Texto: Marcelle Maria
O Show da banda Scalene foi uma catarse abrindo com “Danse Macabre” e lodo depois começou a pisar no freio com “Sublimação”, uma ponte sempre interessante que eles fazem entre o pesado e o melódico.Nos surpreenderam com a entrada da banda Supercombo participando na música “Surreal”O grupo cantou músicas do novo álbum Respiro. Baladas como “cartão postal” foi cantada pelo público que também fez bonito com roda-punk no centro e a energia nunca caía principalmente quando vinham canções como “distopia” e sua crítica direta aos falsos profetas: cantar “homens de terno, podres por dentro e a Bíblia na mão”. A apresentação da banda chegou ao fim com “Sonhador” e a galera extasiada.
SUPERCOMBO ( VITÓRIA-ES)
Texto: Mariana Zanchetta |
Para fechar o primeiro dia do festival Polifonia, Supercombo sobe aos palcos apresentando o mais recente álbum “Adeus, Aurora” (2019). Mas apesar de um novo cenário de palco, o show se iniciou com o bom e velho sucesso “Rogério”, que continua a envolver o público como se fosse primeira apresentação. Hits de outros álbuns como “Festa?”(2007), “Sal Grosso” (2011) e Rogério (2016) também fizeram parte dosetlist da banda. E para encerrar o show, “Piloto Automático” ao som uníssono de Supercombo e público.
PLASTIC FIRE ( RIO DE JANEIRO-RJ)
GLÓRIA ( SÃO PAULO-SP) |
Texto: Mariana Zanchetta
Como uma das atrações do segundo dia do festival Polifonia, a banda Glória fez o público fazer o clássico bate cabeça de evento hard core. O show contou com músicas de álbuns passados, como “[Re]nascido” (2012), “A cada dia” (2016) e também com o mais novo disco de lançamento “Acima do céu” (2019). O grupo foi uma das bandas responsáveis por encher o espaço, mostrando a energia e disposição do grupo ao longo desses mais de 15 anos de trajetória.
MENORES ATOS ( RIO DE JANEIRO-RJ)
Texto: Marcelle Maria
Menores atos deixou o público iniciar o show; em coro a galera cantou o refrão de “Passional” e abriu a apresentação da banda carioca.Tive a sensação de que todos sabiam as letras e cantavam em um volume respeitoso à voz do Cyro afim de não ouvir apenas as próprias vozes. A banda mesclou músicas do álbum “Animalia”, “Lapso” e cantou o novo single “Além do Caos”. Camadas de guitarra, as melodias e o peso. Tudo bem dosado e coberto por letras de quem sabe o que está falando. Ou escrevendo.
O show arrebatou os corações presentes. É incrível a capacidade deles de fazer como se as músicas tivessem sido feitas individualmente para cada um ali. Encerraram o show com “Sereno”. Meus amigos, que energia!
PENSE ( BELO HORIZONTE – MG)
FAR FROM ALASKA (NATAL-RN)
Texto: Marcelle Maria
Cumprindo as expectativas de último show do festival Polifonia, Far From Alaska foi um espetáculo vibrante. Intercalando entre sotaques e agudos, a banda fez o público ir a loucura cantando músicas dos álbuns “Unlikely” (2017), “Iron Lion Zion” (2018). Além dos álbuns passados, invocaram, é, INVOCARAM músicas do recente disco “How Bad Do You Want It” (2019) pela segunda vez no Rio de Janeiro. Finalizando com tamanha troca de energia entre bandas parceiras e público, um festival de ressonância de vozes. Vozes essas que compõem a música brasileira.
Equipe #EQFM
Marcelle Maria: Texto
Mariana Zanchetta: Texto
Douglas Freitas: Texto
Larissa Zanchetta: Fotografia