Evento ilegal que fechava rua pública é cancelado pela Prefeitura no Centro

O subprefeito Alberto Szafran atuou para que os organizadores da festa clandestina não fechassem uma vez mais a Travessa do Comércio, onde instalavam imensas caixas de som, transformando a rua pública em sua boate particular

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Travessa do Comércio gradeada de forma ilegal / Divulgação: Prefeitura

Uma operação realizada, nesta sexta-feira (10), pela subprefeitura do Centro, chefiada por Alberto Szafran, encerrou a festa ilegal “Sambar e Love” que estava sendo realizada na Travessa do Comércio, histórica via do século XVII que tem início no Arco do Teles e liga a Praça XV à Rua do Ouvidor. A festa se espalharia por todo o logradouro.

Os organizadores do baile clandestino foram autuados pelo subprefeito por terem fechado uma via pública de forma ilegal, tornando-a a sua boate particular. Ilegalmente, também fecharam o acesso à Travessa com grades, instalaram um bar no meio da rua, além de imensas caixas de som dispostas desde o arco até a histórica Igreja da Lapa dos Mercadores, construída em 1750. O barulho dos testes de som era ensurdecedor. Um estrangeiro que está fazendo obras no prédio número 11 da Travessa estava indignado, mas não falou com a reportagem.

Nas imagens produzidas pela Prefeitura é possível ver as grades usadas para interditar a Travessa do Comércio, que é tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) e pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), serem retiradas do prédio número 20 da Travessa do Comércio, atrás de cujas portas vermelhas funciona uma espécie de depósito do evento irregular. Segundo testemunhas, a roda de samba é realizada quase semanalmente, sem qualquer licença, autorização ou permissão da municipalidade. Além de tudo isso, uma aglomeração de ambulantes ilegais começou a se formar na ”porta” da ”boate a céu aberto”, leia-se, o Arco do Teles.

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As grades que transformam a Travessa Histórica em boate particular ficam no número 20 da rua, assim como imensas caixas de som

De acordo com testemunhas, as imensas caixas de som instaladas no local tocavam música em volume altíssimo, causando transtorno às pessoas que ali estavam e que não participavam do evento clandestino. ”O barulho é de enlouquecer, e atrapalha o comércio regular da rua do Ouvidor”, diz Adriano Nascimento, administrador dos prédios 26 e 28 da mesma rua. Para José Bastos, segurança de um prédio próximo, a ação da prefeitura precisa de repetir: ”a informalidade e o caos desta festa estão matando a Travessa. Ninguém quer abrir negócio aqui; as portas ficam cheias de urina, e os paralelepípedos fedem a vômito e cerveja toda segunda feira”, dispara, revoltado.

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Ainda de acordo com as testemunhas, no meio da Travessa, foi montado o bar, cujos materiais utilizados para o seu funcionamento ficam armazenados em prédios fechados, localizados na própria Travessa do Comércio. Um deles é o antigo Dito & Feito, aquele prédio que fica bem quando a rua tem sua única curva, em direção à Ouvidor. Imensos isopores de gelo começavam a chegar enquanto era feito o teste de som, que fez tremer a região.

Diante do cancelamento, os organizadores do evento afirmaram, em sua rede social, que “trabalhadores, músicos e produtores” realizam o evento “Samba do Teles”, desde 2007, sem que nenhuma exigência lhes fosse feita ao longo de todo esse tempo. Eles afirmaram ainda que, na próxima semana, devem se reunir com integrantes da Prefeitura, para saber mais informações sobre o cancelamento da festa clandestina. Aparentemente não sabem que não é permitido fechar logradouro público sem licença e nem que há normas de segurança pra eventos de grande porte, ou necessidade de aprovação do Corpo de Bombeiros.

Em resposta à postagem, o subprefeito Alberto Szafran declarou: “Conduzi a operação que encerrou o evento de hoje. Vocês não tinham alvará, não tinham licença, não tinham autorização. Vocês não tinham nada. Vocês fecharam uma via pública sem consultar a Prefeitura. Pediram às pessoas para retirar os ingressos no Sympla para o evento de vocês. Esse é, sim, o governo da cultura. Tal como é o governo da ordem e da legalidade. Não colocaremos a vida de ninguém em risco e não faremos vista grossa para irregularidades. Querem fazer o evento? Entrem no Carioca Digital. Façam o processo correto como todos fazem. Ninguém é melhor do que ninguém. Contem conosco.”

O subprefeito conduziu hoje uma imensa operação contra comércio ambulante ilegal na rua Uruguaiana durante a manhã e à tarde. Ele tem sido reconhecido nas ruas: ”Esse rapaz de colete passa o dia todo correndo pra lá e pra cá. Realmente está fazendo alguma coisa pelo Centro. Em pouco tempo muita coisa está mudando”, disse à reportagem Giulia Anciloti, que trabalha como secretária e passava pela rua do Ouvidor em direção às barcas, durante a operação que impediu a privatização do espaço público.

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21 COMENTÁRIOS

  1. Também olha a cara do demônio que fez a matéria, essa daí nunca soube o que é ser feliz , nunca foi amada ou querida por alguém, deve se acabar na mão.

  2. Os ?olsominions infelizes se ouriçam com a matéria, até gozam ! Não adianta não acabarão com o carioca raiz, BOLSONARO NA CADEIA.

  3. Essa fiscalização tinha q vir p cá p zona norte,na rua João pinheiro ñ tem espaço, nem p o ônibus passar fica carro de um lado e outro.
    As ruas próximas os carros em cima da calçada,impedindo o pedestre,cadeirantes de passarem,principalmente fins de semana. Passe aqui na Adalgisa.

  4. Evento semelhante, mas ainda pior devido ao horário, ocorre toda sexta-feira na rua Carlos de Carvalho, próximo à praça da Cruz vermelha, iniciando à meia-noite e terminando às 6 horas da manhã. É o pagode do Geraldão. Esta rua é residencial e ninguém consegue dormir devido ao barulho.
    Tanto a prefeitura quanto a polícia militar já foram acionadas diversas vezes e nada fazem.

  5. Na Rua Sousa Franco em Vila Isabel tem uma barbearia e Tatoo Kria, que coloca som alto virado pra calçada, o dia inteiro tocando música de marginal retardado , todo mundo é obrigado a ouvir, são uns bárbaros sem noção, pessoas retardadas, não pensam nos outros, não imaginam que os moradores precisam de paz e sossego, descansar, mas todos os sábados fazem baderna, armam tendas e colocam 30 a 40 pessoas fazendo churrasco na calçada, é o liberou geral da prefeitura, por que não fazem dentro do estabelecimento? Não, tem que fazer na calçada, fechar a passagem e incomodar todo mundo, a moda agora é quanto mais incomodar melhor.

  6. Alo subprefeitura do centro aqui na ladeira joao homem tem um bar que todo sábado faz roda de samba ilegal fecha a rua nos moradores não consegue passar com nossos carros

  7. Na rua do Ouvidor também fecham a rua desde a hora do almoço. Pergunto a Prefeitura se ocorrer um incêndio naquele local como o corpo de bombeiros vai entrar? Moradores da zona norte reclamam das badernas. Mas, não é só lá. Rua das Laranjeiras esquina da rua Leite Leal. Vá até lá prefeitura. “O povo pede a Prefeitura atende”.

  8. Muito bom! Muitos anos sem um pingo de respeito social. Agora todos se fazem de inocentes. 7 anos destruindo o local sem nenhuma contrapartida. Ridiculo.

  9. Ali na saída do metrô Uruguaia também precisa de uma geral. Está precisando de um piso legal e uma reforma na entrada do metrô, que estão dando um ar de degradação em um local com intenso movimento.
    É um espaço para divertimento e bom para o comercio local.
    É preciso haver diálogo. Simplesmente fechar, autuar e ir embora é péssimo para o comércio do Centro, que já se encontra em declínio faz um bom tempo. Até o supermercado Zona Sul, o único do local, fechou ?

  10. A mesma prefeitura não faz nada para conservar ou revitalizar o espaço. Há dez anos os comerciantes saíram dali . Inclusive o Dito e.Feito fechou, pois o público mudou e não frequentava mais boates …. Agora este.publico quer retornar. Então reabram….Nem a casa da Carmen Miranda eles conservam ….A noite aquilo lá tá abandonado….

  11. Alberto Szafran está fazendo seu trabalho, e diante das inoperância anterior, está se destacando positivamente. Quem dera houvesse um subprefeito atuante em cada bairro de nossa cidade.

  12. Infelizmente o pessoal do barulho não respeitam nada. Fazem festas até o amanhecer, sem se importarem com o que está a volta. São pessoas que trabalham e precisam descansar no dia seguinte. Esses comerciantes sem noção e sem respeito a nada. Como construir prédios novos, se não temos um programa de segurança pública? Se ninguém respeita nada e fazem o que querem? Está muito difícil morar no Centro do Rio de Janeiro. Precisamos de ajuda e de socorro! ErlaneChaves

  13. ALBERTO SZAFRAN está de parabéns! Tem que moralizar e pôr ordem no Centro da Cidade. A Travessia dos Teles é um Centro Histórico, com construções centenárias. Ali não é lugar de bagunça e algazarra. Quem promove esse tipo de bagunça sequestra o espaço público em proveito próprio, auferindo lucros e vantagens de forma ilícita. Isto não tem nada a haver com cultura. O Centro da Cidade não é Favela!

  14. Aguardamos a excelente presença do subprefeito Szafran também na região do Armazém Senado e na Rezende, altura do Motocerva, onde as MESMAS coisas ocorrem e, pasmem, ainda é área RESIDENCIAL. ??

  15. Maravilhosa essa ação; mas só no Centro, Zona Sul, Barra, e alguns locais da Zona Norte são feitas, na Zona Oeste “raiz” isso é impossível de acontecer! Sou morador de Bangu, e ninguém coibe um evento semelhante a esse, um baile funk que dura a noite inteira de sexta para sábado terminando só na manhã seguinte, em local totalmente residencial (tenho imagens), uma vergonha! Ressalto que: a polícia, guarda municipal, disque denuncia, e subprefeitura já foram acionadas, várias vezes, e ninguém sequer foi ao local! Parece que a prefeitura quer impor a ordem na cidade… mas, só em parte dessa cidade!

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