Everton Gomes: G20, o Rio no centro do mundo

A reunião de cúpula do fim do ano será a maior realizada na cidade desde a histórica Eco 92

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Essa semana, nos dias 21 e 22 de fevereiro, a Cidade Maravilhosa será palco da reunião ministerial do G20, um dos múltiplos eventos associados à cúpula global que serão realizados ao longo do ano e culminarão no encontro de chefes de Estado em novembro.

Na quarta-feira e na quinta-feira será a vez dos chanceleres dos países integrantes, responsáveis pelas pastas de Relações Exteriores, se sentarem à mesa para discutir, entre outras coisas, pontos da agenda da cúpula. Esse encontro colocará frente a frente Anthony Blinken, secretário de Estado dos EUA, com seu congênere russo Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores. Os Estados Unidos são vice-campeões mundiais na emissão de gases do efeito estufa, e a Rússia emite quase o dobro do Brasil, segundo os dados mais recentes da União Europeia. Espero que a pauta ambiental tenha peso nos debates.

Em mais de uma centena de encontros do G20 ao longo do ano, destaco o trabalho contínuo do GT de Combate Fome e Pobreza, que abre os trabalhos com videoconferência também amanhã, e do GT Emprego, que inicia suas atividades também digitalmente hoje.

Já a reunião de cúpula do fim do ano será a maior realizada na cidade desde a histórica Eco 92, e é especialmente importante pela turbulência do cenário geopolítico atual, com guerras em andamento e a emergência climática que não poupa país algum no mundo. A robustez da programação é um gesto de prestígio ao Brasil, que ocupa a presidência rotativa do G20, e particularmente à nossa cidade como espaço de referência para as grandes discussões. De toda a programação do G20 ao longo do ano, 23 reuniões serão realizadas no Rio, perdendo apenas para a capital federal, que receberá 33.

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Tal como na Eco 92, em que o governador Leonel Brizola foi quem recebeu chefes de Estado de todo o mundo na Cúpula da Terra, caberá a lideranças nacionais como o presidente Lula e o prefeito Eduardo Paes apresentar aos líderes de todo o mundo o empenho do Brasil para com a paz mundial, a sustentabilidade ambiental e o combate à fome, compromissos que ambos comungam. Não há desenvolvimento sem o zelo com as futuras gerações. Que da agenda do G20 seja fortalecida uma nova consciência, pautada na justiça social, na autodeterminação dos povos e no desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental.

*Everton Gomes é cientista político e secretário municipal de Trabalho e Renda do Rio

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