Após participar de 5 álbuns autorais de estúdio da hoje extinta banda Forfun e de 3 com seu grupo atual, o Braza, o tecladista, cantor e compositor carioca Vitor Isensee, de 36 anos, lança seu 1º disco solo, intitulado de ”Vida e Nada Mais”, já disponível em todas as plataformas digitais.
Com 10 faixas, o álbum, que conta com as participações especiais de Duda Beat, Morcego, Luê e Castello, reflete sobre temas existenciais, sociedade de consumo, desconstrução da masculinidade, afetos, amores e o tal assombro diante da Vida, que o artista faz questão de escrever com a letra ”V” maiúscula.
Porém, as novidades não param por aí. Em um ato de desapego e imaginação, o músico deixou para trás os ”S” que compunham seu sobrenome e rebatizou seu nome artístico. A partir de agora, se chama apenas Izenzêê.
”Fiz um disco pra falar da Vida, pra sentir o vento. Me guiando pelo rap, que é a linguagem onde me sinto mais à vontade musicalmente, tentei casar esse meu texto (meio poesia, meio crônica) com a sonoridade incrível que o Tomás (Tróia, produtor do álbum) produz. É um disco que pode ser servido com suco de laranja ou com gin tônica. Como quisesse escrever uma árvore, plantar um livro, lançar um filho. Fiz um disco para questionar, para refletir e para dizer que é bom viver”, ressalta.
Piloto de avião formado e geógrafo graduado, Vitor faz uma música repleta de imagens e espaços. Num sobrevoo, seu olhar constrói uma multidão de cenas que, como cinema, investigam a distribuição dos desejos e desabamentos na paisagem humana.
Autor de 2 livros de poemas e inspirado por artistas como Aldir Blanc, Jorge Mautner, Belchior, Galvão e o coletivo Nuvem Cigana, Izenzêê trava relação apurada com a palavra para construir seus cenários.
Primeira música de trabalho do disco, ”Cada Cor” já ganhou videoclipe.
Num resumo geral, pode-se dizer que ”Vida e Nada Mais” é uma mescla de música e poesia. De acordo com definição do próprio músico, é ”sinceridade, mata verde e mar azul”.