Quem nunca falou sobre ou fez uma vaquinha? Pois é. A expressão e a prática estão em nossas vidas. Mas a origem de tudo isso também está presente no nosso cotidiano, sobretudo de quem mora no Rio de Janeiro.
De acordo com pesquisadores, no começo do XX, torcedores de futebol dos times do Rio de Janeiro ajudavam, financeiramente, seus jogadores – já que a maioria dos clubes não remuneram os atletas. A grana era nomeada de acordo com os animais do Jogo do Bicho, que já era uma prática bem popular no Rio.
Quando os boleiros ganhavam 5 mil-réis dos torcedores, diziam que faturaram “um cachorro” – que é o número 5 no Jogo do Bicho. Quando a arrecadação era muito boa, falavam que conseguiram “fazer uma vaca”: juntar um valor de vinte e cinco mil-réis, o prêmio máximo da época. Vaca, no Bicho, é 25.
Entre os clubes de futebol do Rio de Janeiro da época, o Vasco era um dos poucos que remunerava mais formalmente seus atletas.
Enquanto muitos torcedores pagavam seus atletas baseados nos números do Jogo do Bicho, outras pessoas não contribuíam para as vaquinhas. Esses eram chamados de quê? Isso mesmo: mãos de vaca. Isso era por conta do formato da pata do animal, que é fechada.