Nesta terça-feira (14/03), uma faixa preta com a pergunta “Quem mandou matar Marielle?” foi estendida na fachada do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara do Rio, para lembrar o assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes. A iniciativa foi do mandato da vereadora Monica Benício em conjunto com a bancada do PSOL.
Viúva de Marielle, a vereadora Monica Benicio diz que a ação é uma reivindicação por justiça e pela elucidação do crime, cuja motivação não foi revelada e os mandantes ainda não foram identificados: “são cinco anos sem resposta. Esse tempo viola os direitos humanos. A bancada do PSOL vai continuar lutando até o momento em que o Estado brasileiro responda quem foi que mandou matar uma vereadora negra e democraticamente eleita pela população carioca. Os familiares, os amigos e a sociedade em geral merecem uma resposta”.
Neste 14 de março, estão programadas outras atividades para não deixar o caso cair no esquecimento e cobrar soluções do Poder Público. Além do ato em frente à Câmara do Rio, que contou com a presença das vereadoras do PSOL Monica Benício, Monica Cunha, Luciana Boiteux,Thais Ferreira e da deputada estadual Renata Souza (PSOL), uma missa foi celebrada, às 11h, na Igreja Nossa Senhora do Parto. Uma exposição também foi aberta ao público com obras em homenagem à Marielle Franco, no Museu do Amanhã, na Praça Mauá. A Escultura Gigante “A voz de Marielle”, doada pelo artista plástico Paulo Nazareth, poderá ser visitada pelo público das 10h às 17h, no Museu de Arte do Rio, também na Praça Mauá.
O Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM) e o Museu da Maré, a convite do Museu da República, lançam a exposição Marielle Marés para contar um pouco da história de Marielle, através de acervo sobre sua trajetória, salvaguardado graças ao trabalho desenvolvido pela equipe do Museu da Maré, responsável também pela curadoria coletiva da exposição. A inauguração acontece no dia 20 de março, segunda-feira, às 15h, no Museu da República (Palácio do Catete).
Marielle Franco foi eleita em 2016 para seu primeiro mandato na Câmara do Rio. Em sua trajetória, defendeu pautas como o feminismo e os direitos humanos.