Família de Moïse desiste de assumir quiosque na Barra onde congolês foi morto

'Eles desistiram por medo', explicou Rodrigo Mondego, procurador da comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ

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Quiosque em que Moïse trabalhava Divulgação/ Rio de Paz

A família do congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, desistiu de assumir a administração dos quiosques Biruta e Tropicália, conforme acordo com a prefeitura firmado na última semana. A informação foi confirmada pel procurador da comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Rodrigo Mondego, e publicada pelo jornalista Ancelmo Gois.

O motivo da desistência foi o receio dos parentes em sofrer represálias . “Eles desistiram de assumir, não querem mais, por medo”, disse o advogado.

Na próxima segunda-feira (14/02), um reunião entre a prefeitura e Orla Rio devem definir outras alternativas que poderão ser discutidas para um local de homenagem a Moïse, ou até assumir outros quiosques em locais diferentes, afirmou Mondego.

“Eles querem marcar com a prefeitura para conversar. Eles aceitam outro quiosque, podem aceitar outra alternativa. Mas não aceitam ficar ali porque não vão se sentir seguros nunca. Porque já disseram que não vão sair de lá”, disse ele.

Moïse Kabagambe foi assinadado no dia 24 de janeiro deste ano, após ser agredido por pelo menos três homens na orla da Barra da Tijuca. O congolês havia ido até o quiosque onde prestou servilos para cobrar salários atrassados e acabou morto.

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7 COMENTÁRIOS

  1. O QUÊ? Trabalhar? Nem pensar? Querem indenização $$$ A maioria diz que era de FAMÍLIA REAL no Congo. Até é possível como muitos de FAMÍLIAS REAIS européias que vieram fujidas da guerra, e substituiram com semi escravidão, a mão de obra dos escravos capturados e vendidos por seus irmãos de nação, nos campos brasileiros, libertados por uma PRINCESA EUROPÉIA. Pesquisem, estudem. Contra fatos ñ há argumentos.

  2. Ainda bem que essa família foi decente e honesta, pois o populista do prefeito Eduardo paz fez política com a desgraça alheia,seria uma aberração se isso se concretizasse,cada família teria o direito de reenvindicar um quiosque pôr cada pessoa morta no Rio de janeiro violentamente,foi pura demagogia desse prefeito oportunista, pois colocaria a família do rapaz morto pôr assassinos idiotas quê nossa cidade está tomada desses marginais quê se juntam em guangues pára terem essa coragem pois um só não faria essa lambança portanto os familiares agiram certo não se comete um injustiça pára dá satisfação dê um crime.o dono do quiosque não foi culpado dê nada,foi coisa dê marginais e o moise convivia com eles foi uma covardia gratuita, todos os dias acontecem casos como esse em todo o Brasil.

  3. Boicote ao Tropicália. Quem vai frequentar um local onde um crime hediondo como esse foi cometido?

    Já que a família tem medo de assumir é porque os criminosos ainda estão por ali. Quem terá coragem de frequentar esse local?

  4. Haverá processo licitatório? E a publicidade dos atos? Alô Ministério Público – concessão por discricionariedade do Executivo? Isso pode?! É assim? “Venha aqui no meu showroom e escolha o quiosque que melhor lhe aprouver!” Quem são os donos da Orla Rio? Nada disso aí parece de acordo com a Lei. Dura lex, sed lex.

    E se estiver de acordo com a Lei (duvido!), seria bom explicar que modalidade administrativa é esta.

    • A Concessionária é a Orla Rio
      Essa é a contratada.
      Ela seleciona e cede o uso.

      Na terceirização de mão de obra temos algo que muito se assemelha.

      A Administração pública contrata empresa terceirizada e esta fornece mão de obra.
      O empregado não tem contrato com a Administração pública, e sim com a empresa.
      Difere, por tanto, do contratado temporário direto com a Administração (ocorre com profissionais da educação e saúde em algumas UFs).

      Naquela contratação terceirizada a Administração pode solicitar a substituição de empregado que apresente irregularidades e a empresa substitui o profissional do posto.

      A mesma coisa pode ocorrer no caso da concessão à Orla Rio se constatado pela Administração que quem explora o quiosque está com irregularidades : exploração de mão de obra análoga a de escravo pelo não cumprimento de obrigações trabalhistas e outros.

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