O número de registros de feminicídio diminuiu em 10,8% no estado do Rio de Janeiro, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Ao todo, 99 casos foram notificados em 2023, e 111 em 2022. Essa é a primeira vez em dois anos que a redução chega aos dois dígitos.
A queda foi comemorada pelo Governo de Estado, que atribui o sucesso a políticas de proteção voltada às mulheres, como o Patrulha Maria da Penha, ligado à Polícia Militar, e o aplicativo Rede Mulher, que deixou mais acessível o 190.
Mas ainda falta muito para termos um cenário favorável para as mulheres. Isso porque o número de tentativas de feminicídios aumentou cerca de 5%, passando de 293, em 2022, para 308, em 2023. É o maior número desde 2019, quando foram registrados 334 casos.
Apesar de não ser possível confirmar a explicação desse crescimento, o Governo do Estado o relaciona a uma possível expansão das denúncias feitas pelas vítimas, que estariam confiando mais na “atuação policial”. Em nota, a secretaria afirma que “elas relatam seus ataques em maior quantidade, pois confiam que suas denúncias serão acolhidas”.
Criado em 2019, o programa Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida já acompanhou mais de 63,5 mil mulheres vítimas de violência doméstica. A Polícia Militar informou que, somente em 2023, mais de 66 mil atendimentos foram feitos, uma evolução de 22% em relação ao ano anterior.