O magnésio é um mineral importantíssimo que está envolvido em muitas funções
no organismo. Ele participa de mais de 300 reações biológicas, uma vez que sua
principal função está associada à ativação de inúmeras enzimas. Participa
diretamente do metabolismo de carboidratos, lipídeos, proteínas e eletrólitos.
É essencial para a ativação da vitamina D, assim como é capaz de regular o
metabolismo do cálcio para a adequada formação da matriz óssea. Possui papel
fundamental para a formação de serotonina, por isso, na deficiência de magnésio,
é muito comum as pessoas apresentarem alterações de humor, tais como
ansiedade, irritabilidade, nervosismo, depressão, insônia e hiperatividade.
Ele também atua para que ocorra a contração muscular, e a deficiência deste
mineral pode estar relacionado a arritmias cardíacas, câimbras, tremores, dores
de cabeça, fadiga muscular. O magnésio promove relaxamento e aumento do
peristaltismo melhorando sintomas de constipação intestinal e TPM.
Atua no controle da pressão arterial e de doenças cardíacas promovendo o
relaxamento dos vasos sanguíneos melhorando a vascularização. Outra
contribuição que o magnésio oferece é prevenir o envelhecimento celular, pois
ele participa da ativação da enzima telomerase que age no processo de
envelhecimento. Portanto, a sua deficiência contribui para o envelhecimento
precoce.
A vida moderna e o modo de processamento dos alimentos é a maior causa de
depleção de magnésio. Mais de 85% do nutriente é perdido quando a farinha
integral é refinada (para a produção da farinha branca). As técnicas modernas de
agricultura também contribuem para a depleção do mineral no solo e na água.
Sendo assim, apesar de estar presente em vários alimentos, muitas vezes a
quantidade biodisponível é baixa para suprir todas as necessidades do corpo,
por isso, a suplementação de magnésio se faz necessária para garantir um ótimo
funcionamento do organismo.
As fontes alimentares mais expressivas de magnésio são os vegetais verdes
escuros (couve, espinafre, agrião); sementes (abóbora e girassol); legumes
(abóbora, quiabo, beterraba); frutas (banana, abacate, figo); produtos marinhos
(ostras, camarão, mariscos); cereais (arroz integral, aveia, farelo de trigo);
leguminosas (grão de bico, ervilha, lentilha); oleaginosas (castanha do Brasil,
amêndoas, nozes) e em menores quantidades no leite e derivados.
Pensando em suplementação, existem alguns tipos de magnésio. Entenda suas
diferenças e indicações:
Cloreto de magnésio é forma mais comum e barata. Geralmente é consumido
diluído em água por sua alta solubilidade e fracionado em pequenas doses ao dia.
Porém sua disponibilidade é baixa e dependendo da dosagem utilizada pode
causar diarreia. Sendo vantajoso para pessoas que sofrem de constipação
intestinal.
Citrato de magnésio possui uma absorção maior que o cloreto. Ajuda a fixar o
cálcio nos ossos. Ideal para quadros de osteoporose.
Magnésio bisglicinato é uma forma mais biodisponível. Atua como calmante e
relaxante dos músculos e articulações. Seu poder analgésico reduz dores no
corpo e previne câimbras.
Magnésio dimalato atua na geração de energia pela presença do ácido málico que
aumenta a função mitocondrial. Excelente para melhora da fadiga muscular.
Pacientes cardíacos, diabéticos e hipertensos se beneficiam com este tipo, pois
ajuda no relaxamento dos vasos sanguíneos.
Magnésio treonato é indicado para a saúde cerebral e função cognitiva
melhorando quadros de insônia, memória, raciocínio. Indicado para pessoas com
perda de memória e dificuldade de concentração. Ajuda no tratamento da
ansiedade, depressão e doença degenerativas como Alzheimer.
Se existe um nutriente que é essencial e demanda muita atenção para quem
deseja ter níveis ótimos de saúde, com certeza é o magnésio.
Lembrando que para suplementar este mineral é importante a ajuda e
acompanhamento de um profissional da saúde para melhor adequação das
dosagens de acordo com as necessidades individuais.
