Ferro-velho clandestino no Centro é fechado definitivamente pela Prefeitura do Rio

O ferro velho, apelidado de Rouberj, por estar funcionando em imóvel do Governo Estadual, foi finalmente interditado e parou de cometer atos criminosos, por força da atuação da Subprefeitura do Centro

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Porta do prédio do Governo do Estado que era usado como ferro-velho / Divulgação

Após nova e efetiva incursão das autoridades públicas, o ferro-velho clandestino da Rua da Constituição, nº 25, foi interditado definitivamente, nesta quarta-feira (15), pela Subprefeitura do Centro, encabeçada pelo subprefeito Alberto Szafran. O imóvel, que é de propriedade do Governo do Estado e foi invadido pela terceira vez por criminosos atuando no ramo de ferros velhos, fica praticamente em frente à sede da Subprefeitura do Centro Histórico, localizada no número 34.

Uma reportagem do DIÁRIO DO RIO publicada em 1/02/2022 mostrou o descalabro provocado pelo ferro-velho na região, com moradores de rua e viciados transitando pelas ruas, carregando ferros, metais, pedaços de bronze, e sacos e mais sacos de detritos metálicos, amedrontado moradores da região e pedestres. Nas calçadas, imensas caçambas de ferro foram posicionadas pelos invasores que administravam o ferro-velho ilegal, com os equipamentos ocupando um trecho inteiro da Rua Regente Feijó, impedindo a passagem de veículos. Na época, suspeitava-se de envolvimento de milicianos.

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Agentes públicos durante o encerramento das atividades do ferro-velho / Divulgação

Para aumentar os lucros, os administradores do ferro-velho, que  funcionava no térreo do casarão do Governo do Estado, fizeram do segundo andar um cortiço que, segundo moradores da região, abrigaria até traficantes de drogas. Na ocasião, a Prefeitura do Rio de Janeiro, juntamente com equipes da Águas do Rio e da Light fizeram uma operação no local, para encerrar as atividades do ferro-velho, que teve seu fornecimento de energia cortado. A COMLURB fez ainda uma limpeza da loja térrea.Dias depois os criminosos – então defendidos por milicianos – voltaram ao imóvel, agora finalmente interditado pela atuação do novo subprefeito da região, que tem agido frequentemente contra a desordem nas ruas.

O DIÁRIO DO RIO apurou, na época, que, por conta a presença do ferro-velho, a região havia se tornado também um ponto de venda e consumo de drogas, junto às caçambas e na porta da loja. Os equipamentos, que ficavam expostos na rua, eram utilizados para depósito do material de reciclável, como: latas, garrafas PET e materiais catados do lixo, cujo processamento é legalizado. O DIÁRIO apurou ainda que outros casarões invadidos na região seriam utilizados para receptação de materiais de roubos e furtos, entre eles pedaços de monumentos, grades, tampas de bueiro, hidrômetros, e fios de cobre. Com os itens sendo armazenados até que pudessem ser retirados, à noite ou em feriados.

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De acordo com a reportagem, o prédio contava até com seguranças – policiais civis que faziam “bicos”, atuando diariamente no local. O esquema era tão complexo que o ferro-velho criou “filiais” na Rua Frei Caneca e junto à Central do Brasil, formando 3 pontos de receptação de material furtado. Outro imóvel invadido na Rua Visconde do Rio Branco, nº 19, pertencente ao Rio Previdência, também seria utilizado pelos criminosos para o cometimento dos mesmos crimes.

Segundo especialistas em segurança, a presença de policiais civis fazendo a segurança do ferro-velho irregular, em imóvel público invadido e ocupado também por outras atividades ilícitas pode significar a atuação de milícia no local. A atividade de receptação de materiais roubados seria uma renda acessória para milicianos atuando no Centro do Rio,” explicou a reportagem do Diário, na época.

Além disso, como se tratava de uma invasão de um prédio do Governo do Estado, o ferro-velho sequer possuía alvará de localização da Prefeitura, fazendo transações comerciais ilegais, sem o devido recolhimento de impostos.

Nós entendemos que um dos problemas crônicos da região é a receptação de carga proveniente de furtos. Com estas iniciativas, temos a perspectiva de reduzir o número de roubos e furtos, além de combater a raiz do problema, que é a receptação deste material. É importante salientar que o projeto de reabitar o Centro perpassa por estas iniciativas, que proporcionam um cenário urbano mais confortável e seguro para moradores, comerciantes e empreendedores da região”, explicou o subprefeito do Centro, Alberto Szafran.

As quadrilhas de furtos e roubos do patrimônio histórico da cidade sofreram nesta quarta-feira um duro golpe. A história e os moradores do Rio de Janeiro agradecem.

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5 COMENTÁRIOS

  1. Eu gostaria muito de acreditar na imparcialidade deste jornal, mas infelizmente não consigo. O subprefeito tão elogiado nesse site ignora as reclamações enviadas ao e-mail da subprefeitura relatando o abandono em que se encontra a região da praça cruz vermelha. As ruas do entorno estão abandonadas, sujas, com asfalto e calçadas destruídos. A iluminação melhorou um pouco, porém existem pontos sem luz na região. Lamentável.

  2. Convido a todos do Diário para tomar um banho em um lago “maravilhoso” aqui no meu bairro, Parque Anchieta precisamente na praça Egídio de Oliveira (praça da Bíblia) porquê o Rio de janeiro não é só centro e zona sul as praças aqui da região estão todas degradadas e não estou falando de área em comunidade ou deflagrada pelo crime falo de um bairro bom para morar principalmente para idosos só que as áreas de lazer no caso as praças, esquece não dá para frequentar ano que vem tem eleição aparece um monte de candidatos na região inclusive os candidatos a prefeito e o que nós moradores estamos nos unindo para não jogar os nossos votos fora.

  3. Esse problema está longe do fim nesta cidade.
    Em ramos, rua felizardo fortes tem um totalmente irregular e em terreno invadido.
    Moro próximo e observo a compra de fios dentre outros materiais de origem duvidosa.

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