Festivais gospel crescem no Brasil, mas faltam eventos de grande porte no estilo; maior deles aconteceu no Rio de Janeiro

Everton Mestre, cantor gospel, explica os motivos para o gênero musical ainda não ter um evento nacional que o represente

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Foto: Divulgação

Com cada vez mais espaço no mercado, a música gospel se tornou popular e ouvida por todos os públicos, inclusive por aqueles que não seguem o cristianismo protestante.  Diante disso, tem crescido o número de eventos musicais do gênero. Um exemplo disso foi o 2º Festival de Cultura Gospel de Santana, no Amapá, com mais de 80 atrações. Podemos citar também o Gospel in World, que aconteceu em 2021 no Rio de Janeiro. Mas, ainda não há um evento nacional que represente o gênero musical, como outros festivais de música que já existem no mercado.

Quanto ao Gospel in World, feito no Barra World Shopping, o cantor gospel Everton Mestre define como algo grandioso. O festival reuniu 8 mil pessoas e arrecadou mais de 5 toneladas de alimentos não perecíveis. O músico comenta ainda que a arrecadação de alimentos serve para cumprir uma das missões dos cristãos: alimentar não apenas a alma, mas suprir a necessidade daqueles que estão vulneráveis.

“Esse evento foi realmente um marco para a história, principalmente porque tudo aconteceu por meio de doações, assim como o ingresso foi acessível às pessoas por apenas um quilo de alimento não perecível. Sempre digo que um grande evangelista não alimenta apenas a alma das pessoas, mas também a fome de multidões. Esse evento foi um grande sucesso pelos seus idealizadores, e levou esperança às pessoas carentes, que realmente precisavam. Isso mostra e marca o ‘ide’ de Jesus”, disse.

Questionado sobre o porquê de não haver um evento amplamente divulgado a nível nacional para o público gospel, Everton explica que essa falta pode estar relacionada aos valores cobrados dentro das igrejas, as doutrinas, que se diferenciam entre as denominações.

Advertisement

“Conheço igrejas que, nos dias de hoje, ainda utilizam um órgão e o ministro de louvor. Não têm luzes coloridas, pois na visão pastoral tudo isso atrapalha o agir de Deus, ou, o tal chamado ‘não é de Deus’. Mas o Brasil está mudando, e as mudanças trazem pontos positivos e negativos. Positivos, porque com a evolução musical gospel, os jovens se aproximaram mais do cristianismo. Negativos por uma linha tênue em que o artista deve ter discernimento de que não é a estrela sobre o palco: ele é somente um instrumento de Deus para que a estrela real faça sucesso no coração das pessoas”, explicou.

Ter um evento de grande porte e a nível nacional para o gênero gospel, de acordo com o cantor, traria muitas mudanças positivas. Uma delas é acabar com a ideia de que os evangélicos são “caretas”, ou que não há variedade de estilos dentro do gospel. Ele explica ainda que os ritmos diversificados, como o rock e até mesmo hip-hop, que estão presente nas igrejas, encantam assim como os demais.

“Precisamos sim de muitos festivais no Brasil, pois fora daqui isso é muito comum. São milhares de pessoas que participam. Penso um dia em um festival que corra o país por 12 meses; um evento por mês nas capitais. Com um a três dias de louvor e palavra, com caravanas, e tudo mais. Seria um grande avanço para que a música gospel possa ser escutada por mais pessoas que não são cristãs”, concluiu.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Festivais gospel crescem no Brasil, mas faltam eventos de grande porte no estilo; maior deles aconteceu no Rio de Janeiro
Advertisement

2 COMENTÁRIOS

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui