FGV Arte recebe, a partir de 15/10, a mostra ‘Guanabara, o abraço do mar’

Mostra reúne mais de 200 obras de cerca de 100 artistas, e tem curadoria de Paulo Herkenhoff, Luiz Alberto Oliveira e Marcus Monteiro. A entrada é franca

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Baía de Guanabara vista do Cristo - Wikimedia Commons

Na próxima terça-feira (15), a partir das 19h, será inaugurada a exposição “Guanabara, o abraço do mar” na galeria FGV Arte, localizada na Praia de Botafogo, 190. Com curadoria de Paulo Herkenhoff, Luiz Alberto Oliveira e Marcus Monteiro, a mostra reúne mais de 200 obras de cerca de 100 artistas, como Tarsila do Amaral, Vik Muniz e Glauco Rodrigues. A abertura do evento contará com apresentações artísticas e com a presença de nomes de destaque do segmento. A entrada é franca. A exposição fica em cartaz até 27 de fevereiro de 2025.

Com a coletiva, os organizadores pretendem destacar aspectos ecológicos, culturais e sociais da Baía de Guanabara, um dos cartões-postais mais importantes do Brasil.

“‘Guanabara, o abraço do mar’ é sobre um lugar que reconhecemos que tem muitas dimensões, é onde as primeiras sociedades, os povos originários, moraram. A mostra vai expor não somente o aspecto cultural e as paisagens, mas, também, os fatos interessantes que ocorreram nesse processo”, comenta Paulo Herkenhoff.

O curador Luiz Alberto Oliveira ressalta que as populações indígenas que habitavam as cercanias da Baía da Guanabara construíam a suas visões de mundo e pertencimento social a partir da sua relação com a natureza. Oliveira adianta que a exposição retrata a apreensão integrada de elementos e dimensões do existir desses povos originários, durante os séculos ocuparam a região.

“O parentesco ampliado entre as pessoas e o entorno natural acabam por sobressair quando examinamos a história da Baía, sua natureza, ocupação, e as transformações que têm passado. Um dos propósitos de “Guanabara – o abraço do mar” é compartilhar esse entendimento profundamente mobilizador com os visitantes da exposição”, afirma Oliveira.

Na mostra também serão retratados o tratamento hídrico da região e as relação desenvolvidas pelas populações dos sete municípios da Baixada Fluminense banhados pelas águas da Baía. Durante anos, o litoral na Baía foi agredido e teve as suas matas depredadas, o que gerou sérios de saneamento e abastecimento para os moradores das cidades que se distribuem à sua volta.

Apoiadora da exposição, a Águas do Rio, concessionária da Aegea na área de esgotamento sanitário, tem realizado um trabalho importante para a despoluição da Baía da Guanabara, onde mais de 80 milhões de litros de água contaminada com esgoto deixaram de ser despejados diariamente. Como resultado, a Baía de Guanabara teve os seus níveis de balneabilidade significativamente melhorados, segundo relatórios da companhia, que tem nas praias do Flamengo e de Paquetá, historicamente poluídas, os seus melhores resultados.  

O curador Luiz Alberto Oliveira desta que, na mostra, o público encontrará cenários de décadas de agressões ambientais contra a Baía de Guanabara e, ao mesmo tempo, uma Baía poderosa, resistente e funcional.

Na exposição, os curadores reuniram obras resultantes de visões e representações artísticas diferenciadas, assim como a diversidade natural da Baía e do bioma que a constitui: a Mata Atlântica.

Para o curador Marcus Monteiro, a exposição representa a Baía por completo: “A mostra vai despertar um enorme interesse no público de conhecer um pouco mais, não só a história, mas o que a Baía representa desde a pré-história até a atualidade. Nós separamos peças que, de alguma maneira, vão retratar e induzir as pessoas a refletirem sobre a importância da Baía da Guanabara através do tempo”.

A exibição conta com itens históricos, como as cerca de 40 obras da coleção Fadel; uma pintura em óleo sobre tela de linho, de Tarsila do Amaral; o projeto em papel do Parque do Flamengo, de Burle Marx; a vista da Barra tomada de Santa Teresa, de Charles Decimus Barraud; e o projeto original do brigadeiro Jacques Funck para fortificar a cidade do Rio de Janeiro.

A abertura da mostra contará com a presença de Flávio Shiró, artista japonês e um dos principais nomes da pintura moderna no Brasil; Adriana Varejão, artista plástica brasileira contemporânea; Jorge Mayet, artista cubano; Pedro Vasquez, fotógrafo brasileiro, e Milton Guran, antropólogo e fotógrafo brasileiro.

Artistas [ordem alfabética]:

Abigail de Andrade; Achille Isidore Gilbert; Adelaide de Carvalho da Rocha; Adriana Varejão; Alan Fontes; Alice Bebiano; Amélia da Silva Costa; Antoine Maurin; Antônio Parreiras; Arnaud Pallière; Arthur Timotheo da Costa; Augusto Malta; Augusto Petit; Batista da Costa; Belmiro de Almeida; Benno Treidler; Bruno Lechowski; Bruno Veiga; Burle Marx; Caio Reisewitz; Chamberlain; Charles Decimus Barraud; Cildo Meireles; Daniel Lannes; Eduardo Mendes Cavalcanti; Edward Nicolle Jr., James Dickson e John Le Capelain; Eliseu Visconti; Emil Bauch; Facchinetti; Fernando Lindote; Fernando Richart Montesinos; Flavio Shiró; François Froger; Georg Grimm; Georgette Pinet; Giovanni Battista Castagneto; Glauco Rodrigues; Gomes Ribeiro; Gustavo Dall’Ara; Hagedorn; J. J. Sampaio; Jacques Funck; Jaime Lerner; João Baptista da Costa; José Maria de Medeiros; JOTA; Le Corbusier; Leon D’Escoffier; Leonardo Finotti; Maria Fornero; Maurício Arraes; Max Radiguet; Mestre Valentim; Nicolao Facchinetti; Osvaldo Gaia; Otto Grashof; Pedro Paulo Camargo; Q. Monvoisin; René DuGuay Trouin; Rosalbino Santoro; Sérgio Vidal; Sheila Pala; T. Fischer; Tarsila do Amaral; Teixeira da Rocha; Teresa Stengel; Theodore de Bry; Thereza Miranda; Thomas Ender; Vik Muniz; Vinet; e Wiengandt.

Serviço:

Exposição

Guanabara, o abraço do mar

Terça a sexta, das 10h-20h, sábado e domingo, das 10h-18h.

Em cartaz até 27 de fevereiro de 2025.

Praia de Botafogo, 190.

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