Após a repercussão da venda da casa na Rua das Acácias, na Gávea, onde, supostamente, Vinicius de Moraes teria passado parte de sua vida, a filha mais nova do poeta manifestou seu desejo de transformar o imóvel em um centro cultural em homenagem à vida artística do cantor. Avaliada em quase R$ 4 milhões, a casa em estilo chalé, construída na década de 1930 e com um terreno de 300 m², está localizada em um dos bairros mais nobres da Zona Sul do Rio.
Embora a região seja alvo de intensa especulação imobiliária, a residência histórica está protegida por legislação ambiental que impede sua demolição. Assim, surgem grandes possibilidades para a conversão do imóvel em um espaço comercial, como um bistrô, ateliê ou restaurante, seguindo a tendência observada em bairros vizinhos, como Botafogo, Humaitá e Leblon, onde imóveis tombados foram transformados em estabelecimentos charmosos.
Recentemente, surgiu a notícia de que Vinicius de Moraes nunca residiu no imóvel; na verdade, quem morava lá era sua irmã Laetitia, que morreu aos 102 anos e ainda vivia na casa. Segundo Maria de Moraes, filha do poeta e empresária, a ideia de transformar a casa da Gávea em um espaço cultural surgiu após sua visita à Casa do Rio Vermelho, em Salvador, onde o casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai viveu. O espaço foi transformado pela Prefeitura da capital baiana em um memorial aberto à visitação.
No anúncio da venda, a casa é descrita como um imóvel de cinco quartos, com varanda, jardim frontal e um amplo terreno livre nos fundos, localizada próxima ao Shopping da Gávea.
Alguém na casa tocava violino diariamente. Quem morava lá era a Luciana, uma das filhas.