Flávio Valle: Começa a nascer o novo Jardim de Alah

Para Flávio Valle, as intervenções e a boa ocupação, vão gerar centenas de empregos diretos e indiretos, garantir a conservação dos espaços, aumentar segurança na região

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Pedestre caminha por cima do canal do Jardim de Alah • Foto: Rafa Pereira, Diário do Rio

Na década de 1920, um canal foi criado ligando a Lagoa Rodrigo de Freitas às águas oceânicas com o objetivo de renovar as águas da Lagoa e evitar enchentes nos bairros do entorno e, junto com o canal, já em 1938, nasceu o Jardim de Alah. De lá para cá, o espaço recebeu diversos projetos, inclusive gôndolas e pedalinhos já navegaram pelas águas do canal. Porém, com o passar dos anos, tornou-se fundamental oferecer novos propósitos para a região.

É sobre a chegada do novo que a Prefeitura do Rio está falando ao anunciar o edital de concessão de uso do Jardim de Alah. Nossa proposta é garantir mecanismos legais para transformar o atual jardim, mais conhecido como o divisor dos bairros de Ipanema e Leblon, em uma grande área de lazer pública e gratuita, capaz de integrar os bairros e as pessoas, com áreas verdes ampliadas e ofertando projetos esportivos e sociais, novas quadras e espaços pet, além de conforto para os moradores da Cruzada São Sebastião, que vão ganhar novamente uma creche como a que já existiu e foi desativada. O edital prevê investimentos estimados de R$ 112,5 milhões, ao longo de 35 anos, já iniciando com a implantação de nova ciclovia e recuperação dos jardins.

No último ano, a Prefeitura retomou os estudos para concessão do Jardim de Alah e a modelagem utilizada incluiu sugestões das propostas de dois grupos de investidores privados, que apresentaram à prefeitura Manifestação de Interesse Privado (MIP), procedimento comum na implementação de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Concessões. Desde o início dos estudos de viabilidade o município realizou reuniões com moradores e lideranças dos bairros de Ipanema e Leblon. Todos os ritos para se chegar ao melhor modelo de concessão foram cumpridos, além do amplo diálogo com a vizinhança, culminando na realização de uma audiência pública. O prefeito Eduardo Paes também recebeu representantes do entorno para ouvir reivindicações e a maior parte dos pontos apresentados foram incorporados ao edital.

Também foram incluídos ao projeto contribuições da sociedade civil organizada como a construção de uma nova creche no local; contrapartida social para os moradores da Cruzada São Sebastião; obediência às legislações de APAC e patrimônio; limite de estacionamento em até 200 vagas; e a exigência de apresentação de estudo de impacto sonoro em relação a eventos no local.

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Com a proposta concretizada, mais do que o investimento em um grande projeto de reforma, o Jardim de Alah vai ganhar uma nova identidade urbanística para a cidade podendo estar ranqueado como uma das principais atrações turísticas do país. Queremos um Jardim de Alah que seja motivo de orgulho, que de fato represente a Cidade Maravilhosa. Além disso, as intervenções e a boa ocupação, vão gerar centenas de empregos diretos e indiretos, garantir a conservação dos espaços, aumentar segurança na região e colaborar com a movimentação da economia local e da vizinhança. Moradores do entorno e todos os cariocas terão suas vidas impactadas com os espaços de convivência e áreas de lazer mais bem cuidados e mais verdes.

Por isso, todo esforço é necessário para o sucesso do processo de concessão do Jardim de Alah. A licitação será de técnica e preço, quando são avaliados tanto o plano de ocupação como o valor oferecido, e a data para a entrega dos documentos de habilitação de interessados foi marcada para o dia 26 de abril.  Temos em nossas mãos a oportunidade de mudar positivamente a história do Jardim de Alah, resgatando uma área nobre, com potencial turístico inestimável, e tudo sem onerar os cofres públicos. Que venha o novo Jardim de Alah!

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2 COMENTÁRIOS

  1. Desde quando uma passagem entre bairros deve ser uma fonte de emprego? Pq o Brasil não faz o óbvio e fica querendo extrair renda de espaço público? se isso é bom, pq então os países desenvolvidos não fazem uso desse tipo de prática? se é inseguro leve-se a ele segurança, se é mal-conservado cabe à prefeitura eleaborar um projeto de paisagismo

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