#ForaDosTrilhos: Furtos de cabos e as consequências disso para quem precisa pegar trem no Rio de Janeiro

A segunda matéria da série fala sobre os furtos, que afetam o sistema da rede aérea e os trens não conseguem circular com a mesma regularidade, deixando os intervalos mais longos, os veículos mais cheios e os usuários esperando nas estações por mais tempo

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Trens da SuperVia - Foto: Reprodução/Internet

A segunda matéria da série #ForaDosTrilhos, produzida pelo DIÁRIO DO RIO, sobre os trens no Rio de Janeiro, fala sobre os constantes furtos de cabos, que afetam totalmente a circulação de vagões pelas ferrovias do estado.

No dia 16 de dezembro do ano passado, a SuperVia, empresa responsável pelos serviços de trens no Rio de Janeiro, suspendeu as viagens por conta de roubos de cabos. Esse caso está longe de ser isolado. A situação se repetiu inúmeras vezes pelo mesmo motivo.

Os furtos de cabos afetam o sistema da rede aérea e os trens não conseguem circular com a mesma regularidade, deixando os intervalos mais longos, os veículos mais cheios e os usuários esperando nas estações por mais tempo.

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Estação de trem Duque de Caxias lotada em 11 de agosto de 2021 – Foto: Reprodução/TV Globo

“Já fiquei mais de uma hora esperando o Japeri sentido Central, que passaria em cinco minutos, mas atrasou por roubo de cabos e depois veio entupido de gente e não consegui entrar”, diz a enfermeira Lívia Maria.

Em junho do ano passado, a SuperVia divulgou que o número de furtos de cabos de trens quase triplicou em comparação com o mesmo período de 2021. A concessionária havia registrado mais de 900 furtos, uma média de cinco por dia. Mais de 56 quilômetros de cabos foram levados.

“Sempre quem sofre é o passageiro. A gente fica esperando mais e quando chega, chega ainda mais lotado que o normal”, declara Paulo Ribeiro, eletricista, morador de Deodoro que pega trem todos os dias para ir trabalhar.

Procurada pelo DIÁRIO DO RIO para comentar ações para conter os furtos de cabos, a SuperVia não respondeu os contatos da reportagem. Em 2021, a empresa anunciou uma parceria com o Disque Denúncia para que crimes nas estações e trilhos sejam denunciados.

“Nossos clientes e a população em geral podem fazer as denúncias pelo número 2253-1177 quando testemunharem crimes seja nas estações ou na via férrea. O denunciante não precisa se identificar, o anonimato é garantido. A partir daí as autoridades competentes serão comunicadas para que se dirijam ao local”, informou a SuperVia.

De acordo com o Observatório dos Trens, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vem promovendo boas ações para conter o problema dos furtos de cabo em São Paulo.

As ações de coibição de furto de cabeamento são realizadas de modo colaborativo entre a Companhia e a DEIC, centralizadas em ações de inteligência, tendo a CPTM investido no mapeamento dos ferro-velhos localizados nas proximidades das estações ferroviárias, repassando as informações aos especialistas do DEIC que passam a averiguar a existência de fiação roubada nesses locais. A lista é constantemente atualizada. A empresa publicou em seu site que vem sendo realizado a substituição do cabeamento utilizado no sistema ferroviário por outros mais modernos que segundo consta: ‘que possuem a mesma eficiência técnica, porém sem valor
comercial, além da instalação de alarmes, construção de muros de vedação da sua faixa de domínio e estimulando uma atitude proativa dos funcionários de campo (em especial os maquinistas) para que acionem imediatamente as equipes de segurança e manutenção sempre que perceberem movimentação suspeita, além de investigações e inspeções constantes que são realizadas pelas equipes de segurança’
.

A próxima matéria da série ForaDosTrilhos será sobre casos de assédio nas estações e nos vagões e a falta de apoio às mulheres diante da situação.

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