Formação quilombola chega ao Rio em meio ao debate sobreurgência da valorização dos saberes ancestrais

Mulheres negras do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo se preparam para a COP30

PUBLICIDADE
Advertisement
Receba notícias no WhatsApp e e-mail
O encontro será no Quilombo Cafundá Astrogilda

Em meio a discussão sobre a revogação da resolução que reconhecia as práticas tradicionais de matriz africana no SUS, a cidade do Rio de Janeiro vai receber quilombolas de diferentes partes do sudeste. Formação “Mulheres Quilombolas Rumo à COP30-Sudeste” é uma ação educacional realizada pelo Centro Brasileiro de Justiça Climática (CBJC), com apoio da ActionAid, e em parceria com a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ), que busca fortalecer a participação dessa população nas discussões políticas que impactam diretamente a elas.

PUBLICIDADE

Banhos de ervas, defumação, benzedeiras, chás, escalda-pés e ebó estavam entre as práticas listadas na resolução que foi anulada pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD). São saberes passados de geração em geração, há mais de 500 anos, pela população negra brasileira. A discussão sobre o impacto das tecnologias ancestrais desenvolvidas nos quilombos ganhou um novo peso recentemente, a nível local e global, não só com a revogação da medida mas também com a aproximação da COP30, Conferência Internacional das Nações Unidas que será realizada pela primeira vez no Brasil. A diretora executiva do Centro Brasileiro de Justiça Climática, Andréia Coutinho Louback, explica que as formações são um passo no projeto político de colocar a população negra no centro do debate sobre clima.

“O CBJC acabou de completar um ano, temos um compromisso com a população negra deste país, por isso apontamos que a crise climática precisa ser gerida a partir da proteção dos territórios, participação e valorização dos saberes dos nossos. As formações que estamos realizando em todas as cinco regiões do Brasil são um passo para que a população quilombola esteja organizada, apoiada e instrumentalizada para estar nos espaços de decisões como a COP30”, resumiu a diretora.

A série de formação “Mulheres Quilombolas Rumo à COP30” se reúne no Rio de Janeiro junto a quilombolas de diferentes idades, de matriarcas com mais de 60 anos a também novas lideranças, que aos 20 estão sendo formadas para perpetuar e preservar esses saberes. O CBJC está preparando também um documentário que vai trazer os principais registros, histórias e momentos marcantes desse encontro de gerações e territórios. Entre os marcos da formação está também o lançamento do “Guia Mulheres Quilombolas Rumo à COP 30”, material fruto da formação do que tem como objetivo fortalecer o conhecimento de mulheres quilombolas, relacionando-os com as ferramentas de incidência da política climática internacional.

Serviço
Formação “Mulheres Quilombolas Rumo à COP30”
Data: 2, 3 e 4 de abril
Endereço: Quilombo Cafundá Astrogilda, em Vargem Grande
( R. Luiz Borracha, 722 – Vargem Grande, Rio de Janeiro – RJ, 22785-150)

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp e e-mail
diario do rio whatsapp Formação quilombola chega ao Rio em meio ao debate sobreurgência da valorização dos saberes ancestraisddr newsletter Formação quilombola chega ao Rio em meio ao debate sobreurgência da valorização dos saberes ancestrais

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui