Alunos de Medicina da Uerj publicaram, nesta terça-feira (24/01), um comunicado onde revelam que caíram em um possível calote da Brave Brazil, empresa responsável pela festa de formatura dos estudantes. Segundo o comunicado, a turma que concluiu o curso em 2022 teria fechado um acordo de mais de R$ 1 milhão por três comemorações, mas empresa responsável parou de retornar contatos.
“Viemos por meio desta nota trazer a público todos os percalços que nós, formandos de medicina da Uerj de 2022, estamos enfrentando a menos de 48 horas do início acordado (agora incerto) dos nossos eventos solenes de formatura, a saber: culto ecumênico (26/01/23), colação de grau (27/01/23) e baile de gala (28/01/23)”, compartilhou.
A Brave Brazil está envolvida em um caso parecido em Maringá, no norte do Paraná. A companhia, inclusive, teve parte dos seus bens bloqueados por decisão liminar, após cancelar um baile de formatura na véspera do evento.
“A empresa Brave Brazil, como noticiado em diversos canais de informação, não honrou seus compromissos com a turma de Medicina de Maringá. Temos fortes indícios de que acontecerá o mesmo conosco”, compartilhou a página da comissão.
De acordo com o grupo, a Brave Brazil não retorna o contato desde dezembro, quando alguns fornecedores relataram a falta do pagamento de acordos firmados. Em janeiro, a comissão confirmou ainda que a situação era a mesma com todos os outros fornecedores.
Depois dessa situação, os alunos afirmam terem tentado falar com a empresa. No último, feito no domingo (22/01), um dos diretores da organizadora teria levantada a hipótese de um adiamento das datas, mas nenhum contato foi feito posteriormente para tratar da decisão.
“Tentamos incansavelmente o diálogo com a empresa, deste então, descobrindo, inclusive que os próprios funcionários não conseguem contato com a diretoria e que muitos estão se desligando”, acrescenta o comunicado.
A comissão conclui a postagem lamentando o ocorrido e pedindo por Justiça. Uma equipe de advogados acompanha de perto o caso dos formandos.
“A empresa Brave Brazil, que nos prometeu sonhos, está fazendo a turma passar por um verdadeiro pesadelo, cheio de incertezas e angústias. Foi mais de R$ 1 milhão arrecadado para a comemoração de nossa formatura, sem contar o investimento emocional dos formandos e suas famílias. Estamos devastados com essa situação. Esperamos uma resposta da empresa e estamos apoiados por uma equipe de advogados. Queremos Justiça”, finalizou o comunicado.
Vaquinha
Com o risco iminente de não terem a formatura, um grupo de alunos abriu uma campanha de financiamento coletivo para arrecadar parte do valor necessário para as comemorações. A vaquinha criada tem a meta de R$ 200 mil para financiar, ao menos, a festa de formatura.
“Somos uma Universidade Pública, com muitos alunos cotistas que trabalharam duro em 50 parcelas para pagar esse sonho. São 6 anos de faculdade, muito dinheiro investido, não tenho nem palavras para falar o quanto nossa família e amigos estão decepcionados”, diz a aluna Eduarda Rocha, autora da vaquinha.
isso tá virando mania. tá na hora de alguém inventar um seguro-calote para eventos deste tipo.