Na era das redes sociais, é difícil encontrar um internauta que nunca tenha comprado um produto ou começado a consumir uma marca por indicação de um influenciador digital. Um exemplo dessa nova dinâmica de compras é que um levantamento da Google Consumer Survey aponta que 64% dos internautas têm uma percepção positiva de uma marca quando um Youtuber faz uma boa avaliação sobre os produtos da marca.
Fundador da GRLV Agência de Publicidade Digital, uma das maiores empresas do ramo no Brasil, o empresário Guilherme Vasconcelos analisa que os internautas digitalizaram o chamado “marketing boca a boca”, que antes era restrito às pessoas do convívio dos indivíduos.
“Os influenciadores digitais ocupam um lugar de confiança na vida dos internautas que o acompanham, pois eles se sentem próximos dessas pessoas, que compartilham a vida delas nas redes em tempo real. Por isso, no momento em que essa pessoa faz uma indicação sobre uma marca ou produto, a tendência é que o internauta compre os produtos daquela marca, pois ele confia na opinião do influenciador assim como confia na dos amigos próximos”, destaca.
Entretanto, essa reação exige responsabilidade por parte do influenciador, que precisa filtrar com quais marcas e produtos irá trabalhar. Justamente por ser uma relação de confiança, a credibilidade entra em jogo, assim como a satisfação e sgurança do internauta. “Há jurisprudência sobre a responsabilidade civil dos influenciadores caso a indicação de um produto ou serviço gere prejuízos, podendo este até mesmo responder na esfera civil”, destaca.
Para evitar esse tipo de situação, o empresário e especialista em marketing publicitário recomenda que os influenciadores comecem a fazer publicidade de produtos e serviços que eles consomem e confiam. “No caso de com as quais o influenciador nunca teve contato, o ideal é pedir um período de teste antes de fazer as indicações pagas”, recomenda Guilherme Vasconcelos.