Técnicos da Light identificaram, na última quinta-feira (8/2), o furto de um dos componentes de um equipamento, conhecido como religador de energia, em uma importante linha de distribuição em Bangu, na Zona Oeste do Rio. A empresa registrou a ocorrência na 34ª Delegacia de Polícia.
O religador é um dispositivo de segurança. Ele permite que a Light faça a sua operação de forma remota – por meio de telecomandos enviados pelo Centro de Operação da empresa – para restabelecer o fornecimento de energia de forma rápida e segura, em casos de interrupções.
O ato de vandalismo poderia ter causado um acidente, além de curto-circuito, e a interrupção de energia para cerca de 3 mil clientes na região.
Além disso, com o equipamento danificado, se houvesse uma ocorrência no sistema, não seria possível acioná-lo para diminuir a quantidade de clientes afetados e o atendimento não poderia ser feito de forma remota, o que levaria mais tempo, pois seria necessário mobilizar uma equipe para atendimento em campo.
A Light reitera que apenas profissionais da concessionária, ou de empresas prestadoras de serviço, devidamente treinados e equipados, estão autorizados a fazer intervenções junto à rede elétrica. Neste sentido, a Light pede para que o cliente, ao perceber qualquer movimentação diferente próxima à rede da companhia, entre em contato pelo telefone: 0800-021-0196.
Vandalismo e furto de cabos
O vandalismo na rede elétrica causa prejuízos financeiros à Light e impacto no serviço à população, com interrupções no fornecimento de energia. Os atos ilícitos na área de concessão da empresa vão desde transformadores atingidos por tiros, furto de cabos, e até mesmo o roubo de transformadores inteiros, retirados diretamente da rede elétrica.
O furto de cabos da concessionária aumentou, no comparativo entre 2022 e 2023, na região metropolitana do Rio. No ano passado, mais de 16 mil metros de cabos de cobre foram furtados, o equivalente à quatro voltas completas na Orla de Copacabana. O número representa um aumento de 160% em relação ao ano anterior, em que foram subtraídos pouco mais de 6 mil metros de fios. Em 2023, a companhia registrou 373 ocorrências, que deixaram 192.377 mil clientes sem luz por um tempo de quase duas horas. Os atos de vandalismo também fizeram a empresa gastar quase R$ 4 milhões para recompor o material.