Muita gente critica as privatizações. Mas sem dúvida alguma não se deve demonizar esses processos como um todo. Ao contrário, muitas privatizações são necessárias e até mesmo urgentes.
Claro que as concessões de ativos públicos a instituições privadas não podem ser feitas sem critério e sem ética e devem levar em conta o interesse público e os consumidores. Respeitados estes limites, alguns setores podem e devem ser entregues à iniciativa privada.
Áreas como os transportes e a logística são fundamentais para o desenvolvimento do país e constituem um gargalo brasileiro atualmente. O poder público não tem capacidade de investimento, rapidez e, algumas vezes, nem mesmo competência, retidão e controle para se responsabilizar por tudo.
O nosso Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, situado no Galeão e denominado oficialmente como Maestro Antônio Carlos Jobim, está muito melhor após a privatização. Não há comparação com a situação anterior.
Depois de conviver com goteiras, quedas de luz, tecnologias obsoletas e necessidade urgente de renovações, o aeroporto está sendo reformado e modernizado.
A concessionária RIOGaleão investiu mais de 2 bilhões de reais em melhorias e ainda pretende utilizar mais R$ 3,2 bilhões em investimentos nos próximos 23 anos.
Sou passageiro que circula no local de forma razoavelmente frequente, escrevo agora este texto de dentro do avião e tenho percebido os avanços. Fiz questão de voluntariamente registrar o elogio. A concessão do Galeão é uma privatização que está dando certo.